Rio de Janeiro, Brazil
February 23, 2005
Cristiane Ribeiro
Repórter da Agência
Brasil
A produção nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas, como
amendoim, arroz, feijão, milho, soja e trigo, pode alcançar
neste ano 134,522 milhões de toneladas, superando em 12,96% a
safra do ano passado, que foi de 119,085 milhões de toneladas.
Todas as grandes regiões produtoras apresentam previsão de
aumento, na comparação com 2004, com destaque para o Sul
(41,14%) e Centro-Oeste (34,47%). Os dados divulgados nesta
quarta-feira são da estimativa de janeiro para a safra agrícola
de 2005, projetada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
através do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Nesta primeira previsão da safra 2005 os técnicos calculam
aumento de 5,06% na produção de algodão herbáceo em caroço e de
1,91% de arroz em casca. Para a primeira safra de feijão, a
estimativa é de aumento de 22,79%.
Quanto às condições climáticas e fitossanitárias, as maiores
influências são observadas no Rio Grande do Sul e no Mato
Grosso. No primeiro, por causa da falta de chuvas no início de
dezembro do ano passado, que causou sérios prejuízos para os
agricultores, principalmente das culturas de milho e do feijão
primeira safra. No Mato Grosso, um dos principais produtores de
soja do país, há previsão de perdas na produtividade devido ao
surgimento de vários focos da ferrugem asiática, doença que
ataca as plantações.
Materias relacionadas:
IBGE divulga levantamento da produção agrícola
Source: Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística
Safra de 2005 poderá alcançar 134,522 milhões de toneladas
A produção
nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas (caroço de
algodão, amendoim, arroz, feijão, mamona, milho, soja, aveia,
centeio, cevada, girassol, sorgo, trigo e triticale), poderá
alcançar 134,522 milhões de toneladas em 2005, superando em
12,96% a safra do ano passado (119,085 milhões de toneladas).
Todas as Grandes Regiões apresentam previsão de crescimento na
produção em relação a 2004, com destaque para as regiões Sul
(41,14%) e Centro-Oeste (34,47%).
Os dados são da
estimativa de janeiro para a safra de 2005, projetada pelo IBGE
através do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Essa estimativa ainda envolve algumas simulações, principalmente
para os cultivos de inverno (trigo, aveia, centeio e cevada) e
para as segunda e terceira safras de alguns produtos, que ainda
não têm uma primeira estimativa de produção por causa do
calendário agrícola.
A distribuição regional da produção, prevista
para 2005, de cereais, leguminosas e oleaginosas é a seguinte:
Região Sul 55,343 milhões de toneladas (41,14%); Centro-Oeste
46,375 milhões de toneladas (34,47%); Sudeste 18,200 milhões de
toneladas (13,53%); Nordeste 10,888 milhões de toneladas (8,09%)
e Norte 3,716 milhões de toneladas (2,76%). Em nível nacional,
todas as grandes regiões produtoras, registram acréscimos em
relação à safra anterior: Sul (13,48%), Centro-Oeste (16,32%),
Sudeste (3,17%), Nordeste (16,03%) e Norte (8,53%).
O Levantamento
Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de janeiro, apresenta as
primeiras informações, em nível nacional, para a safra 2005.
Nesta primeira estimativa, as variações observadas em comparação
à safra anterior para os principais produtos investigados são as
seguintes: algodão herbáceo em caroço (5,06%), arroz em casca
(1,91%), feijão em grão 1ª safra (22,79%), feijão em grão 2ª
safra (2,40%), mamona (10,29%), milho em grão 1ª safra (2,44%),
soja em grão (28,30%) e sorgo em grão (1,01%).
Quanto às
condições climáticas e de ordem fitossanitária, as maiores
influências são observadas no Rio Grande do Sul e Mato Grosso.
No primeiro, por causa da falta de chuvas, ocorrida no início de
dezembro/04, houve sérios prejuízos para os agricultores, sendo
mais expressivos nas culturas do milho e feijão 1ª safra. No
Mato Grosso, um dos principais produtores de grãos do País,
sendo o primeiro em soja, há previsão de perdas na produtividade
dessa cultura devido ao surgimento de vários focos da doença
designada ferrugem asiática detectados em alguns pontos do
estado. Nos próximos relatórios essas perdas serão mensuradas.
Com exceção da Microrregião de Irecê (BA), que já foi importante
pólo produtor de feijão, onde a falta de chuvas nos principais
estágios de desenvolvimento da cultura ocasionou perdas
relevantes na produção, nos demais estados produtores, onde a
produção de grãos é mais significativa, a variável climática se
apresenta dentro da normalidade. |