Brazil
August 2, 2007
A rede de ensaios para controle de
doenças na cultura da soja, da qual participaram 18 instituições
na safra 2006/2007, realizou, pelo terceiro ano, ensaios em rede
para avaliar a eficiência dos fungicidas registrados para o
controle da ferrugem asiática. O resultado foi apresentado
durante a 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do
Brasil (RPSRCB) que termina hoje, 1 de agosto, em Campo Grande
(MS). A rede de ensaios agrupou os fungicidas, conforme sua
eficiência. A tabela completa (ver abaixo) será publicada no
livro “Tecnologia de Produção de Soja”, editado pela
Embrapa Soja.
Durante a Reunião de Soja, algumas instituições informaram que
estão pesquisando alternativas para controlar a soja RR
voluntária, também denominada de guaxa: soja que emerge após a
colheita da lavoura comercial. “O controle é importante quando
os produtores semeiam alguma cultura em sucessão a soja RR, pois
normalmente realizam a operação de dessecação pré-plantio com o
herbicida glifosato, que é ineficiente para o controle da soja
RR”, alertam os pesquisadores participantes da comissão de
plantas daninhas.
Segundo eles, o controle da soja RR voluntária também é
preocupante em situações de pousio (período sem cultura de
inverno no campo) após a colheita da soja comercial, “porque a
soja voluntária pode ser multiplicadora de doenças, como a
ferrugem asiática”, relatam os pesquisadores.
Na comissão de plantas daninhas, também foi discutida a
importância de se manter os princípios do Manejo Integrado de
Plantas Daninhas em todo o sistema de produção da soja RR.
“Atenção especial foi dada para a manutenção de eficiente
dessecação em pré-semeadura, impedindo a matocompetição (planta
daninha competindo com a soja). Também indicamos evitar o uso
repetido e excessivo do glifosato, prevenindo o surgimento de
espécies tolerantes e resistentes. Outro ponto importante é a
rotação de herbicidas com mecanismos de ação diferenciados”,
recomendam os pesquisadores.
Dentre as mudanças propostas durante 29ª Reunião de Pesquisa de
Soja, também está a inclusão na publicação Tecnologias de
Produção de Soja, de uma tabela para interpretação de teores de
micronutrientes (Cobre, Manganês e Zinco) nos solos do Paraná.
“Anteriormente só havia uma tabela para todos os solos das
regiões produtoras. Agora, propomos uma tabela específica para o
Paraná, o que melhora a eficiência da interpretação da análise
de solo e a tomada de decisão da assistência técnica e dos
produtores”, explica o pesquisador Gedi Sfredo, da Embrapa Soja.
A tabela traz indicação dos níveis – baixo, médio, alto e muito
alto – dos micronutrientes no solo, o que orienta sobre a
necessidade ou não de sua aplicação. “A inclusão do nível muito
alto na tabela é um diferencial que mostra quando não há mais
necessidade de aplicação dos micronutrientes para evitar gastos
desnecessários dos agricultores”, explica Gedi
O pesquisador Rubens Campo, da Embrapa Soja, apresentou trabalho
reduzindo as doses de molibdênio (Mo) em soja, cujas sementes
foram previamente enriquecidas com o nutriente. O Molibdênio é
um micronutriente que pode melhorar a capacidade da fixação
biológica do nitrogênio (mecanismo de incorporação do nitrogênio
do ar pela planta). Assim, caso o agricultor opte por usar a
semente previamente enriquecida com molibdênio, a recomendação é
para a aplicação de somente 10 gramas de Mo por hectare, via
foliar.
A 29ª Reunião de Pesquisa de Soja da Região Central do Brasil
(RPSRCB) é uma promoção da Embrapa Soja e Universidade para o
Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal com apoio da
Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Gado de Corte, Fundação
Vegetal; Fundação Chapadão e Fapeagro.
Clique
AQUI para fazer o download da tabela de fungicidas 2007.
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