Brazil
August 16, 2007
Visando criar alternativas
agrícolas para a época de seca do Rio Madeira, a Embrapa
Rondônia, em parceria com a Comunidade Cujubim Grande (Porto
Velho/RO), está implantando, desde o início de agosto, projeto
de banco de sementes comunitário de quatro variedades de
feijão-caupi.
A estratégia de produção comunitária e bancos de sementes vêm
sendo utilizada no Brasil e em outros países, como mecanismo de
desenvolvimento de pequenas comunidades, diz o coordenador e
técnico da Embrapa Rondônia, Calixto Rosa Neto.
Com a execução deste projeto, pretende-se difundir, salienta o
coordenador, de forma participativa, tecnologias adequadas ao
desenvolvimento do cultivo agroecológico de feijão-caupi, para
que esta sirva de modelo às demais comunidades ao longo do rio
Madeira.
No caso das comunidades ribeirinhas localizadas ao longo do Rio
Madeira, o desenvolvimento dessas práticas dependerá da
disponibilização de tecnologias adequadas às condições locais,
principalmente no que diz respeito à obtenção de sementes
apropriadas ao plantio e na condução das lavouras.
Durante seis meses no ano, o nível das águas do Rio Madeira
baixa, trazendo à tona uma grande extensão de terras, as quais
têm por característica a alta fertilidade, umidade
constantemente próxima à capacidade de campo e isenção de
propágulos de plantas daninhas. O cultivo dessas áreas dispensa
o uso de adubação, irrigação e aplicação de herbicidas, salienta
o pesquisador da Embrapa Rondônia Flávio França, favorecendo a
prática da agroecologia, a um custo de produção
consideravelmente baixo. Mesmo assim, esse imenso potencial tem
sido subutilizado, haja vista o pequeno número de cultivos que
são realizados nessas terras, por isso é importante que
pesquisas sejam realizadas para desenvolver tecnologias
adequadas à realidade local.
A seleção dessas quatro variedades foi feita pela
Embrapa, Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio de ações
participativas com a Comunidade, financiadas pelo Programa Fome
Zero do Governo Federal, em que os agricultores familiares
executavam todas as etapas, sob a supervisão do Flávio França,
desde o plantio até a colheita resultando na seleção dos
materiais. |
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