Brazil
January 9, 2007
“Usos
alternativos da palhada residual da produção de sementes para
pastagens” é o novo livro, com 241 páginas, lançado pela
Embrapa Pecuária Sudeste
(São Carlos-SP) e pela Embrapa Transferência de Tecnologia
(Brasília-DF), abordando propostas para solucionar ou atenuar um
grande problema da pecuária brasileira.
Trata-se da palhada que sobra da colheita de sementes de capim (Syngonanthus
sp.), que chega a 2,8 milhões de toneladas por ano. Na maioria
das vezes esse material é queimado, causando forte poluição
atmosférica nas regiões produtoras de sementes de capim e, às
vezes, queimadas acidentais de áreas próximas.
O uso da palhada para alimentação de bovinos é limitado, devido
à sua baixa qualidade nutricional, com reduzido teor de proteína
e baixa digestibilidade. Para que a produção de sementes se
torne sustentável e com menor impacto ambiental, é necessário
encontrar formas de uso da palhada, economica e tecnicamente
viáveis.
Entre essas utilizações, destacam-se, além da alimentação de
ruminantes, cama para aviários (no chão dos galpões), produção
de compostos orgânicos e uso no plantio direto. Grande ênfase
foi dada ao potencial de uso como fonte de energia.
O Brasil é o maior produtor, consumidor e exportador mundial de
sementes de forrageiras tropicais, com produção de cerca de 100
mil toneladas por ano, no valor de mais de 200 milhões de euros
e exporta 10% de sua produção para mais de 20 países. Por essas
e outras razões, a sustentabilidade desses sistemas de produção
é de interesse científico e estratégico para o Brasil.
Os editores do livro são Francisco Dübbern de Souza, Edison Beno
Pott, Odo Primavesi, Alberto Campos Bernardi e Armando de
Andrade Rodrigues, pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste.
São parceiros do trabalho a Embrapa Solos (Rio de Janeiro-RJ),
Embrapa Suínos e Aves (Concórdia-SC), universidades públicas,
Abrasem (Associação Brasileira de Sementes e Mudas) e CIRAD
(Centre de Coopération Internationale en Recherche Agronomique
pour le Développement, de Montpellier, França), contando também
com o apoio da Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de
Melhoramento de Forrageiras Tropicais). |