Brasília, Brasil
May 16, 2007
Source:
CTNBio
CTNBio
aprova liberação comercial do milho transgênico e analisa outros
processos
A Comissão Técnica de Biossegurança (CTNBio) aprovou nesta
quarta-feira (16) a liberação comercial do milho tolerante ao
glufosinato de amônio (Liberty Link) da empresa Bayer
CropScience Ltda. A utilização desse milho impede que o
herbicida utilizado para matar ervas daninhas ou outras plantas
invasoras da plantação atinja também o milho.
A aprovação aconteceu na primeira parte da 102º reunião
ordinária da Comissão - que prossegue até amanhã (17) -, com 17
votos a favor da liberação, quatro contrários e um pedido de
diligência, ou seja, que a empresa envie mais informações sobre
o evento.
A aprovação foi condicionada a um plano de monitoramento
pós-liberação, que verificará se o comportamento obtido com as
pesquisas será o mesmo esperado para a plantação em larga
escala. “A CTNBio não aprovaria uma liberação comercial se
tivesse dúvidas quanto à biossegurança, no entanto, baseado no
princípio da precaução vamos elaborar um plano de monitoramento.
É um processo contínuo, que não acaba com a liberação comercial
e será aplicado em uma área extensa e em safras diferentes”,
explica o secretário do Ministério da Ciência e Tecnologia
(MCT), Luiz Antonio Barreto de Castro, representante da Pasta na
Comissão.
Esse plano avaliará, entre outros itens, o uso contínuo do
evento transgênico, ou seja, se o teor de glufosinato
recomendado está sendo respeitado de maneira adequada e também o
efeito sobre os microorganismos do solo e em insetos benéficos
para o milho. Além desse monitoramento serão elaboradas normas
de coexistência entre o milho transgênico e não-transgênico.
A decisão da Comissão será encaminhada ao Conselho Nacional de
Biossegurança (CNBS), composto por 11 ministros e coordenado
pela Casa Civil. O CNBS faz a análise política e socioeconômica
da comercialização e tem 90 dias para se manifestar.
“Não sou a favor nem contra a liberação comercial de
transgênicos, mas acho positivo termos colocado a liberação
comercial em votação, porque vimos o desenlace de um trabalho,
de um processo que se arrasta há muitos anos”, observou o
presidente da CTNBio, Walter Colli.
Além da liberação comercial, a CTNBio analisou 17 liberações
planejadas no meio ambiente e ainda outros processos
relacionados à pesquisa. Amanhã, a reunião começa a preparar o
plano de monitoramento e também retoma a discussão da Instrução
Normativa nº 3, que revisa a orientação para a análise de
liberação planejada no meio ambiente (pesquisa em campo).
O milho
Segundo o vice-presidente da Comissão e pesquisador da Embrapa
Milho e Sorgo, Edilson Paiva, o milho é uma planta exótica no
Brasil e só resistiu aos oito mil anos de registro no mundo
porque teve interferência humana. “O Brasil tem o maior e o
melhor milho do mundo, mas 80% dele é melhorado, o milho crioulo
dos anos 1950 já não existe mais, cientificamente não existe
milho puro”.
Paiva explica que na década de 1950 a Embrapa armazenou em um
banco de germoplasma (que conserva material genético) cerca de
cinco mil tipos de milho mais antigos existentes no mundo,
inclusive, segundo ele, sementes utilizadas por populações
indígenas foram entregues, pelos próprios índios, à Embrapa para
não correrem o risco de desaparecer.
“Não fazemos apologia aos transgênicos, não defendemos
multinacionais. Minha preocupação é com o atraso das pesquisas
brasileiras, pois quem perde são as nossas universidades,
instituições públicas como a Embrapa, é a soberania nacional”,
ressalta.
José Carlos Mattedi,
Agência Brasil
Por 17 votos a 4, a Comissão
Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) aprovou a
liberação comercial da primeira variedade de milho transgênico:
o Libertlink, desenvolvido pela multinacional
Bayer e resistente ao
herbicida glufozinato de amônio, utilizado na pulverização para
combater ervas daninhas.
A medida ainda depende de ratificação do Comitê Nacional de
Biotecnologia, informou o presidente da CTNBio, Walter Colli.
É o terceiro vegetal geneticamente modificado liberado para
plantio e comercialização no Brasil, depois da soja RR (Roundup
Ready), resistente ao herbicida à base de glifosato, e do
algodão resistente a insetos.
De acordo com a CTNBio, o plantio do milho transgênico será
acompanhado de um plano de monitoramento. Segundo o pesquisador
da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e membro da Comissão, Paulo
Barroso, o Libertlink não traz nenhum malefício ambiental
superior ao que já existe com o plantio convencional e o uso de
herbicidas. “O milho transgênico traz ganhos econômicos
diminuindo custos de produção”, afirma.
Segundo Barroso, a Bayer desenvolveu pesquisas nos Estados
Unidos e testes de campo no Brasil, inclusive de biossegurança.
O pedido de liberação comercial corria na CTNBio desde 1998. “Os
milhos transgênicos são utilizados em grande escala em outros
países. É provável que parte dos agricultores adotem esse
vegetal, que vai facilitar o manejo de plantas daninhas”,
avalia.
Entidades da área ambiental, como o Greenpeace, criticaram a
liberação. Alegam que o vegetal vai trazer transtornos ao solo e
impactos toxicológicos aos animais. Os ambientalistas, segundo a
direção da CTNBio, podem recorrer da decisão no Conselho de
Ministros ou no Conselho Nacional de Biossegurança.
A CTNBio é um colegiado multidisciplinar, criado com a
finalidade de prestar apoio técnico consultivo e de
assessoramento ao governo federal na formulação, atualização e
implementação da Política Nacional de Biossegurança. Tem a
função, ainda, de estabelecer normas técnicas de segurança e
pareceres técnicos conclusivos referentes à proteção da saúde
humana, dos organismos vivos e do meio ambiente.
Brazil's
Biosafety Commission approves biotech maize
Source:
CropBiotech Update
The National Biosafety Technical
Commission of Brazil (CTNBio) gave this week the green light, 17
votes against 4, to LibertyLink, a maize biotech variety with
tolerance to herbicide (glufosinate) developed by Bayer. The
decision has still to be ratified by the National Committee of
Biotechnology before commercial planting can take place. The
Committee, presided by the Minister Dilma Rousseff, is composed
by 17 members of the federal government, and deals with
biotechnology policy issues.
“Transgenic maize brings economic profits diminishing the costs
of production”, said Paulo Barroso, researcher from the
Brazilian Agricultural Research Corporation (EMBRAPA). Barroso
also affirmed that the environmental impact in terms of
herbicide use of LibertyLink maize is not superior to that of
planting conventional varieties, which also require the
application of herbicides for weed control.
CTNBio will implement a practical plan for monitoring biotech
maize, which will include restrictions to prevent its planting
in protected areas. The decision makes LibertyLink maize the
third biotech crop to be approved in Brazil, after Roundup Ready
soybean (also with herbicide tolerance) and insect-resistant
cotton.
More information available (in Portuguese) in
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/05/16/materia.2007-05-16.0609499640/view
and
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/05/16/materia.2007-05-16.8930598527/view
USDA/FAS GAIN report BR7623
Brazil approves commercialization of
biotech corn
http://www.fas.usda.gov/gainfiles/200705/146281148.pdf
SciDev.Net
Bayer wins Brazil GM corn approval
Aprovação
de milho transgênico ainda precisa da ratificação do Comitê
Nacional de Biotecnologia
José Carlos Mattedi, Agência Brasil
A aprovação para plantio e comercialização do milho transgênico
libertlink, liberada hoje (16) pela Comissão Técnica Nacional de
Biossegurança (CTNBio), precisa ainda passar pela ratificação do
Comitê Nacional de Biotecnologia, presidido pela ministra da
Casa Civil, Dilma Rousseff, e formado por 17 membros de diversas
esferas do governo federal. A informação é do presidente da
CTNBio, Walter Colli.
O Comitê gerencia a política pública para a área e define as
prioridades para tirar melhor proveito econômico, social e
ambiental das cerca de 200 mil espécies de plantas, animais e
microorganismos registradas no país.
A CTNBio vai, ainda, colocar em prática um plano de
monitoramento do cultivo do milho libertlink. A idéia é desenhar
um plano para acompanhar o que acontece na plantação desse
transgênico, se o plantio interfere no meio ambiente. Há,
também, restrições ao cultivo desse tipo de milho nas
proximidades de áreas de proteção ambiental.
Desenvolvido pela multinacional Bayer, o libertlink é resistente
ao herbicida glufozinato de amônio, que é utilizado na
pulverização para combater ervas daninhas. Esse é o terceiro
vegetal geneticamente modificado que é liberado para plantio e
comercialização no Brasil, depois da soja RR (Roundup Ready) que
é resistente ao herbicida a base de glifosato, e do algodão
resistente a insetos.
Source:
ArgenBio
Brasil:
la Comisión de Bioseguridad aprobó por primera vez un maíz GM
La Comisión Nacional de Bioseguridad (CTNBio) emitió un dictamen
técnico favorable para la liberación comercial de una variedad
de maíz genéticamente modificada (GM) tolerante a herbicida.
Esta variedad esperaba su aprobación desde 1998 y, a pesar de
que los análisis ya habían concluido, recién hoy recibió el
dictamen favorable definitivo. Con este dictamen, la CTNBio está
diciendo que este maíz es seguro para el ambiente y para la
salud humana y animal. Para la liberación comercial final,
deberá ahora ser ratificado por la Comisión Nacional de
Biotecnología, formada por representantes de 11 ministerios y
presidida por la ministra del Gabinete, Dilma Rousseff. Se
espera que a partir de ahora sean analizadas rápidamente otras
solicitudes que aún quedan pendientes. Nota: el maíz mencionado
fue desarrollado por la empresa Bayer Cropscience, y es
tolerante al herbicida glufosinato de amonio (LL). |
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