Brazil
November 28, 2007
A ferrugem asiática é a principal
doença de soja no Brasil.De 2002 até 2007, o "custo ferrugem",
ou seja, o que foi perdido em rendimento de grãos, somado ao que
foi gasto com o controle desta doença, já ultrapassou a cifra de
8 bilhões de dólares, segundo levantamentos realizados pela
Embrapa Soja e pela
Conab.
Para servir de apoio aos agricultores, o Comitê Estadual de
Ferrugem Asiática da Soja pretende credenciar 10 novos
laboratórios capacitados para identificar os sintomas da doença,
ampliando e melhor distribuindo os pontos de monitoramento no
Rio Grande do Sul.
Uma das principais ferramentas de controle da ferrugem asiática
é a aplicação de fungicida assim que forem constatados os
primeiros sintomas, ou seja, as primeiras pústulas na face
inferior das folhas mais baixas da planta.
Estas lesões, na maioria das vezes, não são maiores do que 1 mm
cada, por isso, é necessário pessoal qualificado e equipamento
adequado para visualizar os sintomas no momento adequado para o
sucesso de controle químico.
Atendendo à demanda por informações sobre a ferrugem de soja e
seu controle, foi criado, em 2004, o Consórcio Antiferrugem,
coordenado pela Embrapa Soja, em parceria com inúmeras entidades
públicas e privadas, do país e do exterior.
Com o estabelecimento do Consórcio no Rio Grande do Sul, foram
credenciados nove laboratórios habilitados a identificar a
doença, localizados nas principais regiões produtoras do Estado.
"Uma vez o foco de ferrugem corretamente identificado pelos
laboratórios, a informação é repassada ao Consórcio, que
localiza esta ocorrência no mapa de dispersão da doença. Esta é
uma forma de alertar a cadeia produtiva para a presença da
doença em uma determinada região", esclarece a pesquisadora da
Embrapa Trigo, Leila Costamilan.
Aprimorando o trabalho desenvolvido pelo Consórcio, em 2007 o
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento instalou
Comitês Estaduais de Controle da Ferrugem Asiática da Soja. Em
sua primeira reunião, o Comitê do Rio Grande do Sul identificou
que áreas significativas do estado não contavam com laboratórios
credenciados junto ao Consórcio para servirem de apoio aos
agricultores e monitorar a disseminação da doença.
Assim, visando à expansão da rede de laboratórios credenciados,
foi realizado um treinamento na Embrapa Trigo quarta-feira(21)
em Passo Fundo(RS) destinado a laboratoristas indicados por
instituições de ensino e de pesquisa agropecuária, com o
objetivo de capacitar para identificação de sintomas de ferrugem
asiática de soja.
A programação contou com apresentações teóricas e práticas sobre
tecnologia de aplicação de fungicidas, ministrada pelo professor
da Universidade de Passo Fundo (UPF), Walter Boller, e sobre
diagnose, epidemiologia e controle de ferrugem da soja, por
Leila Costamilan, da Embrapa Trigo.
Leila explica que os laboratórios cujos responsáveis passaram
por este treinamento terão sua atividade de detecção de ferrugem
monitorada durante a safra 2007/08 pela Embrapa Trigo, antes de
serem indicados para credenciamento pelo Consórcio Antiferrugem.
"Esta é uma forma de garantir a qualidade do serviço prestado,
além de contribuir com a capacitação do pessoal que ainda não
tem segurança em diagnosticar doenças foliares de soja", diz a
pesquisadora.
Assim, além dos nove laboratórios já credenciados, os produtores
gaúchos contam, na próxima safra, com mais 10 laboratórios
treinados para receber amostras de plantas suspeitas do ataque
de ferrugem, permitindo agilidade no monitoramento e controle da
doença na lavoura. A lista completa de laboratórios pode ser
encontrada no site
www.consorcioantiferrugem.net.
Laboratórios Credenciados no RS
Porto Alegre:
- Agronômica, (51) 3386-1554
- Laboratório de Epidemiologia de Plantas-UFRGS, (51)
3308-6908;
Pelotas:
Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Clima Temperado,
(53) 3275-8400;
Passo Fundo:
- Laboratórios de Fitopatologia da Embrapa Trigo, (54)
3316-5800 e da UPF, (54) 3316 8154;
- Júlio de Castilhos: laboratório da Fepagro Sementes, (55)
3271 1504;
Cruz Alta:
- Laboratórios de Fitopatologia da Fundacep, (55) 3322 7900
e da Unicruz, (55) 3321-1500;
Santa Maria:
- Laboratório de Fitopatologia da UFSM, (55) 3220 8015.
Laboratórios em vias de
credenciamento
Frederico Westphalen:
Laboratório de Fitopatologia da CAFW-UFSM, (55) 3744 8900;
Santiago: Laboratório de Fitopatologia e Sementes da
URI, (55) 3251-3151;
Alegrete: Laboratório de Fitotecnia na EAFA-RS, (55)
3422-0556;
São Borja: Laboratório da Fepagro Cereais, (55)
3431-2666;
Bagé: Laboratório Diagnóstico Fitossanitário, (53)
3242-7522;
Três de Maio: Laboratório de Fitopatologia do Setrem,
(55) 3535-1011;
Ijuí: Laboratório de Sementes da Unijuí, (55)
3332-0420;
Vacaria: Laboratório de Fitopatologia da Embrapa Uva
e Vinho (54) 3232-1715;
Erechim: URI ESED-Campus II, (54) 9540 3321-1943;
Palmeira das Missões: Laboratório de Fitopatologia da
Escola Estadual Técnica Celeste Gobbato, (55) 3505-0082.
|
|