Brazil
October 30, 2007
Criado há 21 anos, o Setor de
Campo Experimental da
Embrapa Soja, no município de Balsas, no Maranhão, ganha
sede própria. A solenidade de inauguração será realizada, no dia
30 de outubro, às 10h, na Rua da Cohab, 813, com a presença da
chefe geral da Embrapa Soja, Vania Castiglioni e de autoridades
do Maranhão.
“A obra foi concebida sob a ótica do desenvolvimento regional,
com o intuito de atender as demandas locais”, destacou a chefe
geral da Embrapa Soja, Vania Castiglioni. “Atualmente,
pesquisadores de algumas unidades da Embrapa executam projetos
de pesquisa com arroz, milho, feijão, algodão e integração
lavoura-pecuária. A região tem vocação para agricultura
diversificada e outras inovações tecnológicas”, avalia.
A primeira etapa da obra, a ser inaugurada, conta com 525m2,
abrigando bloco de pesquisadores, setor administrativo, casa de
vegetação e laboratório de manejo de solos com galpão de apoio.
O terreno foi doado pelo governo do Maranhão e os recursos para
construção foram provenientes da Embrapa e da Financiadora de
Estudos e Projetos (Finep), totalizando R$ 658 mil.
Para a segunda etapa da obra do Campo Experimental está prevista
a construção de aproximadamente 300 m2, destinados a laboratório
de fitopatologia, área de apoio ao melhoramento genético,
lavanderia com copa e guarita. “O projeto foi planejado prevendo
futuras ampliações, em função da necessidade e da
disponibilidade de recursos”, explica Vania.
HISTÓRIA - Para o pesquisador Milton Kaster, que era chefe de
pesquisa na época de criação do Campo Experimental (20 de maio
de 1986), o trabalho que se vê hoje em Balsas corresponde a
todas as expectativas que foram geradas no princípio do projeto.
"O fato de todo o trabalho realizado lá ter se expandido para
outros estados como o Pará, Piauí, Roraima, Tocantins e Bahia
mostra que foram desenvolvidas cultivares de soja produtivas e
outras tecnologias que viabilizaram seu cultivo".
Hoje, além de atender a cultura de soja, o Campo Experimental de
Balsas atua também na promoção do desenvolvimento regional com
sustentabilidade. De acordo com Vania, a construção da nova sede
vai permitir ampliar a atuação do campo experimental, em
parceria com outras Unidades, entre elas, a Embrapa Meio Norte,
a Embrapa Milho e Sorgo, a Embrapa Cerrados, a Embrapa Algodão
Embrapa Arroz e Feijão e Embrapa Amazônia Oriental, com ganhos
significativos para o estado e a região.
No caso da soja, atualmente são desenvolvidos projetos de
melhoramento genético (desenvolvimento de cultivares adaptadas à
região), fitopatologia (Manejo Integrado de Doenças) e
fertilidade do solo (adubação e manejo de solo). Segundo o
gerente do Campo Experimental Dirceu Klepker, no caso da soja, o
carro-chefe é o desenvolvimento de cultivares adaptadas ao
Maranhão, Pará, Piauí, Roraima, Tocantins e Bahia. “A maior
contribuição do CE Balsas foi viabilizar a produção de soja
nesta região, pois não havia cultivares específicas para a
região", diz o pesquisador. O desenvolvimento das cultivares da
Embrapa na região conta com a parceria da Fapcen (Fundação de
Apoio à Pesquisa do Corredor de Exportação Norte - Irineu
Alcides Bays). Só para se ter uma idéia, segundo dados da Conab,
o Maranhão, o Piauí e o Tocantins cultivaram, na última safra, 1
milhão de hectares de soja, produzindo 2,4 milhões de toneladas
do grão.
SEDE EM LONDRINA - A Embrapa Soja está instalada numa área de
350 hectares, em Londrina, no Paraná. A Unidade de pesquisa
desenvolve tecnologias para a soja e o girassol no Brasil e o
trigo no Paraná. A Embrapa Soja conta com 296 empregados, dos
quais 11 estão em Balsas. |
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