Brazil
September 6, 2007
Recursos serão utilizados para
desenvolvimento de tecnologias da segunda geração capazes de
aumentar a produtividade e proteger a soja contra o ataque de
insetos com o uso da tecnologia Bt
A Monsanto investirá
cerca de US$ 28 milhões no Brasil, em um prazo de cinco anos,
para o desenvolvimento de uma nova tecnologia aplicada na soja,
em que combina a resistência a insetos-pragas à tolerância a
herbicidas à base de glifosato (tecnologia Roundup
Ready2Yield/Bt) para combater a lagarta da soja e aumentar a
produtividade da lavoura. A tecnologia é a primeira a ser
desenvolvida para mercados externos aos Estados Unidos, com foco
exclusivo aos países da América do Sul onde a incidência dessa
pragas é recorrente.
A nova soja será resistente à lagarta da soja (Anticarsia
gemmatalis), praga que ataca predominantemente as lavouras do
Brasil e Argentina, e causa prejuízos da ordem de US$ 300
milhões ao ano no Brasil apenas com o seu controle. Se
considerarmos uma perda de produtividade média de 7%, esse valor
pode subir para US$ 1 bilhão ao ano. A tolerância ao glifosato
proporcionará uma ferramenta para o controle eficiente das
plantas daninhas, fato que o agricultor brasileiro já comprovou
com a soja RR. O respeito à propriedade intelectual observado no
País foi determinante para a empresa decidir pelos novos
investimentos.
Os recursos serão aplicados na abertura de três novas estações
de pesquisa - localizadas em Tocantins, Paraná e Rio Grande Sul
-, para a pesquisa da soja Roundup Ready2Yield/Bt e de novos
germoplasmas de soja adaptadas às regiões Norte, Centro e Sul,
respectivamente, e na ampliação e melhoria das unidades de
pesquisa localizadas nas regiões sojicultoras. Parcerias com
empresas e institutos de pesquisa nacionais também serão
estabelecidas.
A soja RR2Y/Bt combinará a tecnologia Bt e a nova geração da
tecnologia Roundup Ready®2Yield™. Desta forma, a tecnologia Bt
foi introduzida na soja para torná-la resistente à lagarta da
soja. Já a Roundup Ready2YieldTM é uma evolução da atual
tecnologia RR já adotada por produtores brasileiros, argentinos,
uruguaios e paraguaios, que consiste em tornar planta tolerante
a herbicidas à base de glifosato. Porém, diferentemente da
primeira geração, a soja Roundup Ready2YieldTM foi desenvolvida
por meio da identificação de regiões específicas no DNA da soja
que possuem impacto positivo em sua produtividade. Com avançadas
tecnologias de inserção e seleção, o gene Roundup Ready® foi
inserido em uma das regiões. O resultado é a capacidade da
tecnologia Roundup Ready2Yield™ de oferecer uma vantagem de 7% a
11% na produtividade da planta, dados esses obtidos após
análises comparativas durante três anos de estudos de campo nos
Estados Unidos.
Para Alfonso Alba, presidente da Monsanto do Brasil, "o avanço
do processo regulatório e o respeito ao direito de propriedade
intelectual no País levaram a empresa a aumentar seus
investimentos no Brasil, devido à confiança que demonstra no
futuro da biotecnologia agrícola e nos benefícios que ela pode
continuar oferecendo aos agricultores, meio ambiente e saúde
humana e animal."
Além disso, o investimento, segundo Alba, reflete a constante
preocupação da Monsanto de atender as necessidades dos
agricultores em todos os locais onde atua. "A lagarta da soja
ataca exclusivamente as lavouras da América do Sul e é a
principal praga desfolhadora desta cultura no Brasil".
"Atividades de pesquisa com melhoramento de soja em uma estação
experimental empregam de cinco a seis profissionais
especializados e cerca de 15 funcionários temporários. A
operação de uma estação de pesquisa demanda recursos entre US$
1,5 milhão e US$ 2 milhões ao ano na região, beneficiando a
economia local e gerando empregos indiretos", conclui.
Benefícios econômicos e ambientais
As pesquisas nos Estados Unidos com a tecnologia Roundup
RReady2Yield/Bt encontram-se hoje em fase de testes e têm
mostrado resultados promissores. Com o início dos testes de
campo no Brasil, já aprovados pela CTNBio, a Monsanto irá
realizar amplos estudos de biossegurança, avaliar o desempenho
agronômico e desenvolver cultivares adaptadas às diferentes
regiões produtoras de soja, entre outros aspectos.
Por unir as duas características de interesse agronômico e
benéficos á lavora, a soja RR2Y/Bt proporciona a redução das
aplicações de inseticidas e herbicidas, o que reflete
diretamente na preservação ambiental, além de oferecer manejo
mais fácil, maior controle ao longo do desenvolvimento da
planta.
Além de produzir mais, os produtores poderão contar com a
redução de custos de produção e conseqüente aumento de ganhos.
Segundo estudo da consultoria Céleres, divulgado no primeiro
trimestre de 2007, desde a adoção da tecnologia RR no Brasil, os
ganhos dos agricultores brasileiros são de US$ 1,5 bilhão.
Porém, segundo a análise, o lucro está aquém do que obtiveram os
principais competidores no mercado internacional, os Estados
Unidos e Argentina. Se o Brasil tivesse adotado a soja
transgênica na última década, em conjunto com os demais países
precursores, os agricultores brasileiros de soja já teriam
acumulado benefícios da ordem de US$ 4,6 bilhões.
Já sobre os benefícios ambientais, a soja Roundup
RReady2Yield/Bt unirá a redução do uso de defensivos (herbicidas
e inseticidas) a práticas agrícolas sustentáveis, como a adoção
do Plantio Direto, técnica conservacionista que permite o
controle da erosão, redução da compactação do solo e a economia
de combustível e máquinas, levando a uma significante redução da
emissão de CO2 na atmosfera, gás causador do efeito estufa.
Com relação às aplicações de agroquímicos, estudos comprovam os
benefícios das duas tecnologias (Bt e RR) isoladas, o que deverá
ser impulsionado com a combinação. O estudo "Lavouras GM: os
primeiros dez anos - impactos sociais, econômicos e ambientais
globais", de autoria dos economistas Graham Brookes e Peter
Barfoot, apontam que a soja tolerante a herbicida foi
responsável para redução de 51,4 mil toneladas de defensivos
agrícolas em dez anos de sua adoção (1996 - 2005), enquanto o
algodão resistente a insetos-pragas economizou a aplicação de
94,5 mil toneladas de inseticidas no mesmo período. Além disso,
a redução da aplicação de pesticidas oferece um melhor ambiente
aos insetos benéficos, pois não são alvos da tecnologia Bt
nessas culturas.
Lagarta da soja
A lagarta da soja (Anticarsia gemmatalis) é a principal praga
desfolhadora da cultura e ataca a planta em todos os estágios.
Os prejuízos causados pela lagarta da soja são da ordem de US$
300 milhões ao ano no Brasil, sendo que atualmente o custo para
o controle dessa praga é da ordem de US$ 14/ha, média Brasil ao
ano. E se considerarmos uma perda de produtividade média de 7%,
esse valor pode subir para US$ 1 bilhão ao ano.
Sobre a Monsanto
A Monsanto está presente no Brasil há 57 anos. Pioneira no
desenvolvimento de produtos com tecnologia de ponta na área
agrícola - herbicidas e sementes convencionais e geneticamente
modificadas -, busca soluções que proporcionem aos agricultores
melhor produtividade das lavouras, menores custos de produção e
alimentos mais saudáveis. Mas a empresa acredita que tão
importante quanto isso está o investimento em práticas
conservacionistas, que garantam a sustentabilidade dos recursos
naturais e, portanto, da própria produção agrícola.
Foi seguindo essas diretrizes que a Monsanto fez nascer um dos
produtos mais vendidos no mundo e de baixa toxicidade: Roundup®,
também usado em jardinagem doméstica, na reserva ecológica de
Galápagos e para controle de plantas daninhas em patrimônios da
humanidade como Pompéia, na Itália, e Baía Willapa, em
Washington (EUA) - habitat natural de aves e organismos
marítimos. As características do Roundup® foram fundamentais
para o surgimento do sistema conservacionista plantio direto,
que facilita etapas de plantio e ajuda na preservação do solo e
da água, com resultados positivos em termos de sustentabilidade
ambiental da agricultura: maior cobertura do solo, redução de
sua compactação, melhora em seu processo de conservação e
controle da erosão. Na Biotecnologia, onde também é pioneira, a
empresa vem desenvolvendo sementes que estão revolucionando a
agricultura mundial, que requerem menor uso de defensivos
agrícolas.
A empresa gera hoje cerca de 1,8 mil empregos diretos e 7 mil
indiretos, investe mais de US$ 600 mil dólares por ano em ações
voltadas para o bem-estar da comunidade e a preservação
ambiental, foi considerada pela 8ª vez consecutiva como uma das
Melhores Empresas para se trabalhar no Brasil e, em 2004, 2005 e
2006, uma das Melhores da América Latina. Em 2005 e 2006 a
Monsanto também foi apontada pela Você S.A como uma das 50
melhores empresas para executivos do País e recebeu, do
Instituto Akatu pelo Consumo Consciente e Instituto Ethos, o
índice AAA (o mais alto) de avaliação do grau de
responsabilidade social de empresas e organizações. Além disso,
investiu nos últimos 10 anos mais de US$ 1 bilhão na expansão e
modernização de suas unidades industriais em diversos estados
brasileiros. |
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