Brasil
July 28, 2008
Tecnologias e resultados de
pesquisa da Embrapa Milho e Sorgo (Sete Lagoas-MG) com potencial
para serem transferidos para o continente africano foram
apresentados por pesquisadores e analistas da Unidade ao diretor
do Programa de Agricultura Tropical da Universidade de Columbia
em Nova Iorque, Pedro Sanchez, durante o seminário "Acréscimo
Mundial de Alimentos e Revolução Verde na África", realizado na
última sexta-feira, 25.
Sanchez, que recebeu em 2002 o The World Food Prize, o Prêmio
Mundial da Alimentação, é também diretor da força-tarefa contra
a fome do Projeto do Milênio, órgão consultivo das Nações
Unidas, que trabalha diretamente com países em desenvolvimento
com o objetivo de reverter o quadro de pobreza, fome e doenças
nestes países. "Pretendemos, com o uso de sementes geneticamente
melhoradas, e com tecnologias para a correção da fertilidade do
solo, oferecer condições de melhoria de qualidade de vida a
estas populações", disse.
Para ele, uma das soluções é o investimento em pesquisa agrícola
para provocar mudanças conjunturais nas comunidades de atuação.
"O uso de fertilizantes e sementes melhoradas já provocaram
impactos positivos em diversos países da África que sediam ações
do Projeto do Milênio. Nossa filosofia de atuação tem fundamento
no provérbio de ensinar um homem a pescar e com isso alimentá-lo
durante toda a vida, ao invés de apenas oferecer ajuda
humanitária", defende.
Neste contexto, pesquisas desenvolvidas pela Embrapa Milho e
Sorgo com o objetivo de superar uma das principais limitações
impostas à atividade agrícola na África - os solos ácidos - com
altas concentrações de alumínio tóxico e baixa disponibilidade
de fósforo, nutriente essencial ao desenvolvimento das plantas,
e técnicas para a captação das águas das chuvas despertaram
interesse. "A Embrapa possui materiais genéticos adaptados a
estas condições que já são compartilhados com diversos países",
antecipou o pesquisador Sidney Netto Parentoni. "Trabalhos de
clonagem do gene que confere tolerância ao sorgo à presença do
alumínio em concentrações tóxicas no solo também poderão
beneficiar milhares de agricultores na África", completou Robert
Eugene Schaffert.
Em relação às tecnologias para captação da água das chuvas, o
engenheiro agrônomo Luciano Cordoval de Barros apresentou o
processo de construção das barraginhas, o lago de múltiplo uso e
técnicas simples para coleta da água que escorre de estruturas
feitas de plástico e bambu. O sistema integração
lavoura-pecuária também foi apresentado por pesquisadores e pelo
ex-ministro da Agricultura, Alysson Paolinelli, que também
recebeu em 2006 o World Food Prize.
Mais informações: Área de Comunicação Empresarial (ACE) da
Embrapa Milho e Sorgo, Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento: (31) 3027-1223 ou
gfviana@cnpms.embrapa.br . |
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