Brasil
August 26, 2008
A Venezuela pretende alcançar a
auto-suficiência na produção de soja em quatro anos e o primeiro
passo está sendo dado com o apoio da
Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária ( Embrapa),vinculada ao Ministério da
Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Um pólo produtor do grão será instalado ainda este ano naquele
país tendo como modelo a experiência brasileira nos Cerrados -
que os vice ministros venezuelanos da Agricultura, Richard Canan
Durán, e da Alimentação, Gerardo Rojas Alarcón, conhecem de
perto a partir desta quarta-feira( 27). Na Embrapa, a missão com
23 integrantes será recebida pelo diretor presidente Silvio
Crestana, na sede da Empresa, em Brasília/DF.
Segundo o coordenador da representação da Embrapa na Venezuela,
Elias de Freitas, a proposta do pólo elaborada pela Empresa foi
recebida com entusiasmo pelo presidente Hugo Chaves, durante
reunião realizada no Palácio Presidencial de Miraflores, no dia
13 último , em Caracas.
Na ocasião, estiveram presentes representantes da Anfavea e da
Abimaq, além do embaixador brasileiro Antônio José Simões
(foto), que apresentou também o Programa Mais Alimento do
Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - outra iniciativa
brasileira a ser replicada pelo país vizinho.
A partir desta quarta feira, 27, por determinação do presidente
Chaves, a comitiva venezuelana segue para as áreas em que o
Grupo Campo desenvolve projetos com uso de tecnologia Embrapa em
Barreiras (BA) e Cristalina (GO), para conhecer os resultados
obtidos.
Na Venezuela, a produção de cerca 500 mil hectares de soja seria
suficiente para dar àquele país a auto-suficiência na produção
do grão, explica Freitas. Por isso, a ação terá início com um
primeiro pólo produtor em área aproximada de 50 mil hectares.
Lá, serão utilizadas variedades desenvolvidas pela Embrapa para
o Cerrado brasileiro - de condições climáticas e de solo
semelhantes aos encontrados na Venezuela.
Como forma de apoio ao desenvolvimento da soja naquele país e
com vistas à segurança alimentar de sua população, o primeiro
núcleo será cultivado por produtores brasileiros e venezuelanos,
perfazendo aproximadamente 40 mil hectares de soja. Ainda
segundo Freitas, o núcleo prevê uma área de 10 mil hectares a
serem cultivados por outros cem pequenos agricultores, que
produzirão em regime de cooperativa.
A área está sendo denominada de Unidade de Produção Socialista e
os agricultores venezuelanos deverão ser treinados por meio de
parceria entre a Embrapa Transferência de Tecnologia e o Grupo
Campo. “Se funcionar, vamos replicar o modelo para produção da
soja até que o país alcance auto-suficiência”, finaliza. |
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