Brazil
February 1, 2008
O Ministro da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, e o Presidente da
Embrapa, Silvio Crestana, lançam dia 31, às 11 horas, na Vitrine
de Tecnologias da Embrapa, no Show Rural Coopavel, em Cascavel
(PR) a cultivar de soja BRS 282, que tem ciclo de maturação
semiprecoce, alta capacidade produtiva e resistência ao cancro
da haste e aos nematóides de galha, problema que afeta o
rendimento da soja.
“Em testes da rede de
experimentação da Embrapa e da Meridional, conduzidos por três
anos em 45 pontos, a BRS 282 apresentou rendimento médio de
3.470 kg/ha, o que é 2% acima da média das cultivares com que
foi comparada”, explica o pesquisador Antonio Eduardo Pípolo, da
Embrapa Soja.
Segundo Ralf Udo Dengler, da Fundação Meridional, parceira da
Embrapa no desenvolvimento da tecnologia, cerca de 30 mil sacas
de 50Kg de sementes da nova cultivar estarão disponíveis, na
safra 2008/2009, para os produtores de grãos do Paraná, São
Paulo, Santa Catarina e sul do Mato Grosso do Sul.
A BRS 282 tem ainda como é a resistência ao cancro da haste e
aos nematóides de galha, das espécies M.incognita e M.javanica.
O M.javanica tem ocorrência generalizada e o M.incognita
predomina em áreas cultivadas anteriormente com café ou algodão.
Nas áreas onde ocorre o nematóide, surgem manchas em reboleiras,
onde a soja fica pequena e amarelada, com sintoma de manchas
foliares típicos de ataque dessa praga chamado de “folha
carijó”. Os nematóides são pragas do solo de difícil erradicação
e as medidas de controle mais eficientes são a rotação/sucessão
de culturas ou a utilização de cultivares de soja resistentes.
“Portanto, a BRS 282 é uma opção para manejar as áreas com
nematóides - que são fatores limitantes - no sistema produtivo
de São Paulo, norte e oeste do Paraná e sul do Mato Grosso do
Sul”, explica Pípolo.
Outras características – Segundo ele, a cultivar também
apresenta resistência às doenças: mancha olho-de-rã, pústula
bacteriana e podridão parda da haste. A densidade de semeadura
pode variar de 10 a 16 plantas por metro linear, de acordo com a
época de semeadura, fertilidade do solo e altitude. Os teores de
óleo e proteína estão em torno de 18,6% e 40,7% respectivamente.
A nova cultivar é derivada da Embrapa 48, cultivar que se mantém
há 12 anos no mercado, quando o ciclo de vida de uma cultivar é
de aproximadamente 8 anos. O grande diferencial da Embrapa 48 e
de seus descendentes é a alta produtividade e a estabilidade de
produção. |
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