Brazil
February 25, 2008
O
pesquisador Alexandre José Cattelan assume dia 25 de fevereiro,
a Chefia da Embrapa Soja
(Londrina-PR), uma das 41 unidades da Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Cattelan participou, com outros
três candidatos, do processo público de seleção que se destina a
recrutar, avaliar e indicar a habilitação de candidatos ao cargo
de chefe geral. Depois de avaliados currículo, histórico
profissional, plano de trabalho e traçado o perfil dos
cadidatos, o nome de Cattelan foi escolhido pelo
diretor-presidente da Embrapa, Silvio Crestana. Cattelan terá,
como chefe de administração, o pesquisador Amélio Dall´Agnol;
como chefe de pesquisa e desenvolvimento, o pesquisador José
Renato Bouças Farias e como chefe de comunicação e negócios, o
pesquisador Pedro Moreira. O mandato desta Chefia será de dois
anos, podendo ser prorrogado por mais dois anos.
Cattelan, 48 anos, é casado, tem dois filhos e é pesquisador da
Embrapa desde 1990. O novo chefe é agrônomo, tem mestrado em
ciências do solo pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul,
e doutorado em microbiologia do solo, pela Universidade da
Geórgia (EUA). Na Embrapa Soja, o pesquisador trabalhou com os
seguintes temas de pesquisa: inoculação e fixação biológica do
nitrogênio em soja, bactérias promotoras do crescimento,
ecologia microbiana, avaliação de impactos ambientais de soja
transgênica e biocontrole. Na área administrativa, esteve à
frente de vários cargos, entre eles, foi chefe de comunicação e
negócios, entre 2001 e 2003, e chefe de pesquisa e
desenvolvimento, de 2004 a 2006.
Plano de trabalho - Cattelan pretende pautar sua gestão pelos
mesmos valores que definem o Plano Diretor da Unidade: ética,
responsabilidade, rigor científico e honestidade. “Além disso,
considero fundamentais algumas características como
não-discriminação e capacidade de diálogo. Defendo a gestão
participativa, aberta a sugestões, e vou enfatizar a utilização
dos canais de diálogo existentes”, afirma.
Para o novo chefe geral, são vários os desafios técnicos como:
ênfase em pesquisa com biotecnologia, ferrugem da soja, pragas
secundárias, pesquisas com rastreabilidade da soja, integração
lavoura e pecuária, os novos usos dados à soja, entre outros. “A
questão de mudanças climáticas também é um tema cada vez mais
recorrente. Neste caso, já temos uma tecnologia em pesquisa que
é a soja tolerante à seca, mas precisamos buscar outras
alternativas. Também vejo o girassol como uma cultura de grande
potencial, principalmente para a agroenergia e vamos centrar
esforços nisto”, reforça.
Com relação às questões administrativas, Cattelan pretende
ampliar a informatização dos processos, revitalizar os
laboratórios e adquirir máquinas e implementos agrícolas.
“Também vamos buscar novas fontes de recursos, além de formas
mais ágeis de utilização dos recursos disponíveis”, diz.
Na opinião de Cattelan, a questão ambiental é um tema que
perpassa vários projetos de pesquisa e precisa ser incrementada
com avaliações sócio-econômicas e ambientais e de impacto das
tecnologias geradas. “Também precisamos buscar alternativas
tecnológicas, dando ênfase à resistência genética a estresses
bióticos e abióticos, controle biológico e manejo integrado de
pragas, doenças e plantas invasoras, visando a racionalização do
uso de agrotóxicos, entre outras”, explica.
Segundo Cattelan, a Unidade pretende estar presente nas
discussões que envolvem a Amazônia, assim como desenvolver
tecnologias sustentáveis para as áreas já degradadas ou
apresentar alternativas como o sistema de integração
lavoura-pecuária e silvicultura para a região. |
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