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Simpósio discute controle de pragas na armazenagem

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Brazil
May 30, 2008

Source: Embrapa Trigo

As grandes estruturas armazenadoras de grãos no Brasil são proporcionais ao tamanho dos problemas enfrentados no controle de pragas dentro dos graneleiros. Esta foi a conclusão dos pesquisadores que participam do 5o Simpósio Paranaense de Pós-Colheita e 4o Simpósio Internacional de Grãos Armazenados, que encerra hoje, dia 30/05, em Cascavel, PR.

De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Irineu Lorini, o ataque de pragas e insetos pode resultar em perdas de até 10% do rendimento total de grãos armazenados, índice que representa um prejuízo estimado em R$ 1,4 bilhões/ano para o país. As perdas vão desde a presença de fragmentos de insetos, deterioração da massa de grãos, contaminação fúngica, presença de micotoxinas até a utilização incorreta de agroquímicos que pode comprometer a qualidade e a comercialização. A alternativa apresentada pelo pesquisador para amenizar o problema é o manejo integrado de pragas em grãos armazenados, o programa MIP Grãos, que orienta as unidades armazenadoras para procedimentos de limpeza e monitoramento, criando um ambiente desfavorável a presença dos insetos.

O ambiente controlado na armazenagem também foi defendido pelo palestrante Paul Fields, do Departamento de Agricultura do Canadá. Segundo ele, o Brasil tem o clima perfeito para produzir plantas, mas também para reprodução das pragas. Na armazenagem, o ambiente ideal para os insetos é 33oC de temperatura e 70% de umidade, marcas frequentes num país tropical. “Com temperaturas entre 15 e 35oC, a reprodução dos insetos acaba favorecida, ao passo que, abaixo dos 12oC os insetos param de crescer”, esclarece Fields, lembrando que no Canadá, as baixas temperaturas permitem acabar naturalmente com os insetos. Outro exemplo apresentado pelo pesquisador para modificar o ambiente é o tratamento térmico: “Na Austrália, o mecanismo utilizado é um sistema que aquece de modo uniforme a massa de grãos a 60oC por um minuto, eliminando qualquer possibilidade de sobrevida dos insetos. O processo também pode ser realizado com o secador de grãos, método mais usado no Brasil, mas o risco de comprometer a qualidade dos grãos é muito alta”, diz o canadense.

Na opinião dos especialistas que participam do Simpósio, tanto o resfriamento quanto o tratamento térmico dos grãos armazenados esbarra no tamanho dos graneleiros. “Quanto maior a estrutura de armazenagem, maior o problema”, afirma Paul Fields, sugerindo que o país invista na aeração dos grãos, tentando resfriar e secar ao mesmo tempo. “O Brasil tem o costume de baixar a umidade para 14%, quando funcionaria melhor baixando para 11%. Menor umidade, menor reprodução e crescimentos dos insetos-pragas”. Contudo, o presidente da Fepagro/RS, Benami Bacaltchuck, lembra que o comércio mundial está baseado no peso dos grãos e baixar umidade implica em perder peso, afetando o lucro final.

“O mundo da pós-colheita vê o Brasil como um país jovem, com grande desenvolvimento agrícola. Os sistemas de armazenagem são muito novos, mas vemos um grande investimento em infra-estrutura e capacitação de profissionais na área. Em pouco tempo o país será capaz de fechar o ciclo da produção ao comércio de grãos para exportação, com qualidade reconhecida em cada etapa do processo”, conclui Paul Fields.

5o Simpósio Paranaense de Pós-Colheita e 4o Simpósio Internacional de Grãos Armazenados foi uma promoção
da Abrapós (Associação Brasileira de Pós-Colheita), com a realização da cooperativa Cotriguaçu (afiliadas C. Vale, Coopavel, Copacol e Lar), com apoio da Embrapa Trigo (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

 

 

 

 

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