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Embrapa identifica novas pragas de trigo no Brasil

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Brazil
October 15, 2008
pulgão-preto
 
ácaro identificado
crédito Embrapa

A Embrapa, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, identificou a ocorrência de duas novas pragas de trigo no Brasil. Uma espécie de ácaro e uma de pulgão foram localizadas em diversas lavouras comerciais e passam a ser alvo de estudos antes mesmo de começarem a causar danos significativos ao produtor. A apresentação das pragas acontece nesta quinta-feira, dia 16/10, na Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), com coletiva para a imprensa às 14h, seguida de palestras técnicas.

O ácaro eriofiídeo Aceria tosichella Keifer (Prostigmata: Eriophyidae), que já ocorria na Europa e na Ásia, foi detectado pela primeira vez na Argentina, em 2002. Como a dispersão dos ácaros ocorre através do vento, a entrada da praga no Brasil já era esperada pelos pesquisadores. Conforme o pesquisador Paulo Pereira, o ácaro foi encontrado em quatro municípios da região norte do RS.

O dano com o ataque do ácaro pode ser físico, comprometendo o desenvolvimento da planta quando em altas populações, mas o que preocupa os pesquisadores é que o ácaro pode ser vetor de uma virose ainda não detectada no Brasil. O Vírus do Mosaico Estriado do Trigo (WSMV) é problema em países como Estados Unidos e Canadá, pois, apesar de não prejudicar o consumidor final, é argumento para imposição de barreiras sanitárias ao trigo no mercado internacional. Uma reunião técnica acontece no final deste mês (28 a 30), em Balcarce, na Argentina, para discutir a presença do ácaro na América do Sul e compartilhar os conhecimento sobre a evolução da praga. A pesquisadora Denise Navia, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (Brasília, DF) palestra sobre o ácaro no auditório da Embrapa Trigo a partir das 16h.

A ocorrência do pulgão-preto Sipha maydis Passerini (Hemiptera, Aphididae) no Brasil chamou a atenção dos pesquisadores por ser uma praga exótica, originária da Ásia, pouco presente na América. O pulgão-preto foi encontrado em muitas lavouras no norte e oeste do RS, oeste de SC e sudoeste e centro-sul do PR. Apesar de não ter sido registrado inseto parasitado, ou seja, não houve identificação de qualquer parasito natural, o pulgão-preto apareceu somente nas bordas da lavoura, não atacando grandes áreas e com pouca dispersão dos insetos. Aparentemente, a população do pulgão-preto não apresenta o mesmo crescimento de outras espécies de pulgão do trigo, que dispõe de controle biológico há quase 30 anos. A palestra sobre pulgão-preto será apresentada pelo pesquisador José Roberto Salvadori, da Embrapa Trigo, às 17h.

Em relação às duas novas pragas ainda não existem estudos conclusivos sobre a intensidade de dispersão e o ciclo de vida. Como ainda não foram comprovados danos significativos à produção tritícola, os pesquisadores reiteram que não há motivo para alarme, não sendo indicada a adoção de medidas de controle a campo. A Embrapa Trigo já está desenvolvendo pesquisas básicas e aplicadas sobre estes dois organismos.

 

 

 

 

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