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Tecnologia de Informação: ferramenta auxilia prever risco de doenças em plantas

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Brazil
April 7, 2009

O uso de Tecnologia de Informação na produção agropecuária vem crescendo muito nos últimos anos. Primeiro foi o computador, depois o GPS, o celular, até sistemas mais complexos que permitem utilizar previsões de tempo e clima para prever risco de doenças em plantas. Esta é a plataforma do SISALERT, projeto que reúne diferentes áreas de pesquisa para evitar prejuízos por doenças em 13 culturas nas diferentes regiões do país. Os resultados do trabalho foram discutidos durante um workshop que aconteceu na Embrapa Trigo, no período de 24 a 26 de março.

Segundo o coordenador do projeto, José Maurício Fernandes, o SISALERT (Sistema de Previsão de Risco de Epidemias de Doenças de Plantas) é uma plataforma que coleta dados meteorológicos, processa as informações para simulação de riscos de epidemias e distribui o alerta aos usuários. ”As doenças de plantas são dependentes do clima. O sistema permite acompanhar as condições do tempo para prever os momentos de maior risco e orientar a aplicação racional de produtos químicos”, explica o pesquisador. Através do sistema, informações como temperatura, umidade e duração do período de molhamento foliar são coletadas por estações meteorológicas da rede do INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e processadas em modelos computacionais que alertam para as situações de risco. “Combinando fatores ambientais e econômicos, o sistema serve de auxílio ao produtor na tomada de decisão, orientando quanto a medidas preventivas ou mitigadoras no ataque de doenças”, diz Fernandes.

A maçã foi a primeira experiência de uso do SISALERT. Implementado há seis anos, o sistema é utilizado para previsão de cinco doenças, trazendo bons resultados na “sarna da macieira”, principal fator de desvalorização das frutas: “Com o alerta foram realizados seis tratamentos e nos pomares sem acompanhamento chegou-se a 14 aplicações, em um dos experimentos conduzidos. Prova que o sistema permitiu o controle com um menor número de pulverizações, reduzindo gastos e danos ao meio ambiente”, conta a pesquisadora do Centro de Pesquisa Pró-Terra, Rosa Sanhueza.
 


No controle de doenças no trigo e na cevada, o SISALERT está em uso há dois anos. A giberela, um dos maiores problemas dos cereais no Sul do Brasil, é causada por um fungo que além de causar danos diretos na formação dos grãos ainda pode deixar contaminantes conhecidos como micotoxinas, substâncias tóxicas aos homens e animais. O fungo, presente nos restos culturais, se instala na planta de trigo na fase da floração. O sistema disponibiliza ao usuário - técnicos e produtores que podem acessar de forma gratuita o site do SISALERT – o momento de maior risco para entrada da doença. O único dado que o usuário precisa informar ao sistema é a data do espigamento, ou seja, o dia em que surgiram as primeiras espigas na lavoura.

Rapidamente o SISALERT informa a condição de risco para a giberela em baixo, moderado ou alto. “Como não existe aplicação curativa, precisar o momento de aplicação preventiva é determinante para a produtividade dos cereais de inverno”, lembra José Maurício Fernandes. Com o sistema já consolidado para a giberela, o próximo desafio é gerar indicadores para controlar a brusone, doença que compromete o avanço do trigo irrigado no Brasil Central.

Os resultado obtidos com o trigo e a maçã permitiram expandir o SISALERT para outras culturas, atendendo também citros, morango, pêssego, uva, tomate, batata, café e arroz. A ferramenta também está em estudo para auxiliar na tomada de decisão para o combate a ferrugem asiática da soja: “Plataformas tecnológicas para a previsão da ferrugem asiática da soja têm sido desenvolvidas nos Estado Unidos. A base é um complexo sistema de multi-camadas que geram mapas de ocorrência e de risco da doença, avaliando a dispersão e prevendo a chegada do fungo em determinadas regiões. No Brasil, o trabalho começa agora, combinando modelos de simulação com o Consórcio Anti-Ferrugem, coordenado pela Embrapa Soja, que monitora a evolução da doença em todo o país”, conclui Fernandes.

Para receber as informações sobre alertas de doenças geradas pelo SISALERT, o usuário deve se cadastrar no site http://sisalert.com.br. As informações são disponibilizadas também por mensagem de correio eletrônico e celular.

 

 

 

 

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