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Embrapa assina Tratado de Cooperação em Pesquisa com Universidade de Rothamsted e inaugura mais uma unidade do Labex no Reino Unido

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Brasília, Brasil
January 19, 2009

Parceria inclui pesquisas na área de semioquímicos (feromônios) e a instalação de um Labex no Reino Unido

A similaridade dos desafios entre a agricultura brasileira e do Reino Unido vai unir ainda mais os dois países nos próximos anos. No próximo mês de março, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e o Instituto Rothamstead, no Reino Unido, vão estreitar ainda mais a parceria que possuem desde 2007. Na ocasião, os países vão assinar um Tratado de Cooperação em Pesquisa (TCP) com duração de 60 meses (de julho de 2009 a junho de 2014) e inaugurar mais uma unidade do Laboratório Virtual da Embrapa no Exterior (Labex - Europa), o Labex Rothasmted, que será coordenado pelo pesquisador da Embrapa Hortaliças Leonardo Boiteux.

Nesta segunda-feira, dia 19 de janeiro, a pesquisadora do Laboratório de Ecologia e Semioquímicos, Maria Carolina Blassioli Moraes (foto) embarca para o Reino Unido pela terceira vez a fim de conduzir pesquisas com semioquímicos e iniciar os preparativos para a assinatura do TCP. A pesquisadora explica que a principal meta do TCP será explorar o potencial dos semioquímicos de plantas e insetos no manejo de pragas nocivas à agricultura. Isso porque, ao estudar os feromônios, que são substâncias químicas de cheiro peculiar que os insetos utilizam como meio de comunicação, será possível monitorar o comportamento dos insetos-praga e interromper a sua reprodução, entre outras possibilidades.

“A idéia é que a Embrapa lance macro-programas para subsidiar essa linha de pesquisa proposta no TCP, assim como a Inglaterra deverá lançar editais na Europa para o financiamento de pesquisas desse tipo. E um outro ponto muito importante, além dos resultados, é manter essa colaboração e ampliá-la para outros pesquisadores”, afirma Carolina.

O que será pesquisado - Inicialmente, serão alvos da pesquisa bilateral insetos-pragas que atacam importantes culturas para o Brasil como o milho, cana-de-açúcar, soja, trigo e banana. Os insetos que serão estudados são: Diabrótica spp, Spodoptera frugiperda e Elasmopalpus lignosellus, pragas do milho. A praga da banana, o coleóptero Cosmopolites sordidus e algumas pestes que atacam a soja, como o Dichelops melacanthus e Chinavia ubica.

Na área animal, será pesquisado um tipo de inseto que habita as casa de criação de galinhas e afeta negativamente os pintinhos, o coleóptero Alphitobius diaperinus. Além dos estudos com os insetos, o tratado abordará ainda pesquisas com os compostos químicos de plantas que estão envolvidos na comunicação inseto-inseto e inseto-planta que apresentem potencial para o controle de pragas.

Os principais pesquisadores coordenando as pesquisas do lado brasileiro são Miguel Borges, Maria Carolina Blassioli Moraes, Raul A. Laumann e Débora Pires Paula, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia; a pesquisadora Clara Beatriz Hoffmann-Campo, da Embrapa Soja; o pesquisador Paulo Roberto Valle da Silva Pereira, da Embrapa Trigo e o pesquisador Gerson Scheuermann, da Embrapa Aves e Suínos.

Além da equipe brasileira o tratado contará com a equipe de biólogos e químicos coordenados pelo Dr. John Pickett e Dr. Michael Birkett da Inglaterra e um grupo de pesquisa do ICIPE- African Insect Science for Food and Health do Quênia. A ampliação da colaboração entre os países do eixo sul também é uma das metas deste tratado, principalmente entre Brasil e África.

Em julho de 2007, o Diretor Científico do instituto Rothamsted para Manejo Sustentável de Pragas e Doenças, professor John Pickett, esteve no Brasil por ocasião do X Simpósio de Controle Biológico (Siconbiol). Em visita à Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, ele afirmou que um dos objetivos principais da parceria com o Brasil é ajudar no desenvolvimento da agricultura na África, onde a universidade mantém uma unidade de pesquisa e a Embrapa, um laboratório.

Na ocasião, ele afirmou que a parceria entre o Brasil e o Reino Unido deverá encontrar novos e interessantes caminhos referentes ao conhecimento do sistema fisiológico das plantas, em nível químico e molecular.

Irene Lôbo, Jornalista, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

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