Brasília, Brasil
June 30, 2009
A criação de um Centro de
Inteligência do Feijão foi defendida na 10ª reunião ordinária da
Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do setor, realizada nesta
terça-feira (30), em Brasília. “O objetivo é mostrar aos
produtores as vantagens do uso de sementes certificadas, que
aumentam a qualidade e a produtividade. Já temos o apoio do
ministro Reinhold Stephanes, que considera necessário
conscientizar todos os envolvidos sobre a necessidade dessa
ação”, disse o presidente da Câmara Setorial, Péricles Salazar.
No encontro, o presidente do Conselho de Administração do
Instituto Brasileiro do Feijão (Ibrafe), Marcelo Lüders,
enfatizou os benefícios das sementes certificadas. “Melhora a
plantação, contribui para a uniformidade na germinação e diminui
a transmissão de doenças, ao utilizar menos agroquímicos”,
explicou.
O Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural
(Emater/PR) apresentou o Projeto Centro-Sul de Feijão e Milho,
que objetiva melhorar a produtividade média da agricultura
familiar, que hoje é de mil quilos por hectare, no caso do
feijão. “A meta é alcançar dois mil quilos por hectare. Para
isso, estamos criando unidades demonstrativas de feijão e milho
e profissionalizando mais de 2,9 mil produtores”, destacou o
engenheiro agrônomo, Marco Antônio Brandão Borges.
Dados da Assessoria de Gestão Estratégica do
Ministério da
Agricultura (AGE/Mapa) apontam que a área plantada de
feijão, na safra 2008/2009, é de 3,9 milhões de hectares e a
expectativa para 2018/2019 de 4,6 milhões de hectares. “De
acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), em 2020 serão 207 milhões de brasileiros. Com isso, a
projeção é que o consumo anual de feijão ultrapasse 4,6 milhões
de toneladas, o que representa 27% a mais do que temos hoje.
Assim, nosso desafio é aumentar área e produtividade”, enfatizou
Lüders.
(Da Redação) |
|