Barsil
September 28, 2009

Realizado pela primeira vez no país, o 5º Congresso Pan-Americano de Incentivo ao Consumo de Frutas e Hortaliças para a Promoção da Saúde reuniu diversos especialistas nacionais e internacionais da área

Com forte e tradicional representatividade no segmento, a Associação Brasileira do Comércio de Sementes e Mudas (Abcsem), marcou presença no 5º Congresso Pan-Americano de Incentivo ao Consumo de Frutas e Hortaliças para a Promoção da Saúde, realizado em Brasília-DF, de 21 a 24 de setembro, com uma palestra sobre a Importância do Elo Sementes na Cadeia de Suprimento de Hortaliças.

Proferida pelo Consultor de Relacionamento Institucional, Marcio Nascimento, a palestra abordou a importância de sementes para a obtenção de hortaliças de boa qualidade e em quantidade apropriada nos supermercados, hortifruti, feiras, etc. Segundo ele, nos últimos anos houve uma grande concentração de esforços das empresas que fazem desenvolvimento de cultivares para o mercado de hortaliças na busca por mais sabor e conteúdo nutricional nas novas cultivares desenvolvidas. Desta forma, “não basta apenas concentrar o esforço de pesquisa nas características agronômicas, de produtividade, de resistência às doenças, etc., mas também em tornar o produto mais atrativo e de maior valor nutricional para o consumidor”, afirma Nascimento. “Para a Abcsem o congresso foi muito importante por possibilitar entender melhor os processos e iniciativas que existem em torno da idéia de promoção de consumo. Com certeza isto ajudará os associados a vislumbrar perspectivas futuras de expansão do cultivo”, argumenta ele.

O Congresso

Sediado no Brasil pela primeira vez, o congresso envolve os ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Saúde, do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agrário. O evento reuniu cerca de 650 pessoas, entre autoridades, representantes dos órgãos de governo e da sociedade civil, além de especialistas em alimentação e nutrição do Brasil, México, Argentina, Chile e Colômbia, entre outros.

A questão dos estudos e preocupações em entender melhor e desenvolver processos de educação das crianças, a fim de que tenham maior interesse no consumo de hortaliças, foi um dos principais focos abordados nas palestras. Durante o Congresso também foi discutida a importância da articulação de políticas públicas e o estímulo do consumo seguro, da produção sustentável e do abastecimento ampliado de frutas e hortaliças para alavancar o índice de consumo saudável no país. Neste sentido, há pelos menos 47 projetos em nível federal que ajudam ou estimulam o consumo de hortaliças de formas diferentes.

Panorama brasileiro

Já quanto ao panorama que se tem no Brasil, atualmente, com relação ao consumo de frutas e hortaliças, sabe-se que o brasileiro consome, em média, 1/3 da recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) e, que, portanto, este número precisa aumentar. No entanto, há várias implicações para se obter o aumento, passando desde a mudança de hábitos alimentares até o poder aquisitivo. Mas, embora o Brasil esteja abaixo das metas estipuladas pela OMS, na questão da obesidade, por exemplo, existem países com maiores índices do que o nosso, como é o caso do México.

Desta forma, o preocupante padrão de consumo da população brasileira, com gasto excessivo na aquisição de alimentos ricos em açúcar, sal e gorduras, apresenta, de acordo com Nascimento, inúmeros desafios a serem vencidos em busca de uma alimentação mais saudável, rica em frutas, hortaliças e fibras. “De fato os desafios são muitos, é preciso sinergia entre as áreas de saúde, educação, ambiental, agricultura, etc. O consumo de alimentos “não saudáveis” comprova-se enorme e não é simples mudar estes hábitos. Há países, como Israel, por exemplo, cujos habitantes consomem mais de 1000 g/dia de hortaliças. Já nós, brasileiros, em contrapartida, estamos bem longe disso”, pondera.

Website: http://www.abcsem.com.br/site/index.html

Published: September 28, 2009