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Planejamento para enfrentar a Helicoverpa armígera


Brazil
February 7, 2014

O avanço da Helicoverpa armígera, a lagarta apelidada pelos produtores de “Come-Tudo”, que vem destruindo plantações inteiras de culturas importantes como soja, milho, algodão e feijão, de norte a sul do País, preocupa. O Manejo Integrado de Pragas - MIP tem sido a recomendação da Caravana Embrapa de Alerta às Ameaças Fitossanitárias, para enfrentar a praga.

Criado pela Embrapa no início da década de 1980, o Manejo Integrado de Pragas é ancorado no controle biológico, cultural e químico. Este, só deve ser utilizado em último caso. E para bater de frente com a lagarta, cinco passos de uma tática descrita pelo entomologista Paulo Henrique Soares, pesquisador da Embrapa Meio-Norte, ajudam no combate efetivo da praga. Vejamos:

  • “Estabelecer um calendário de plantio que deve ser em um menor espaço de tempo possível para que o ciclo das culturas seja finalizado no mesmo período, evitando, assim, uma maior oferta de alimento à praga;
  • Iniciar o monitoramento, logo após o plantio das culturas, dos adultos de Helicoverpa armigera com armadilhas de feromônio, para atraí-las. O monitoramento dos adultos deve ser feito de três em três dias;
  • Fazer liberação inundativa com o parasitóide de ovos Trichogrmma pretiosum após a constatação de três adultos de Helicoverpa armigera por armadilha de feromônio. “Trichogrmma pretiosum é uma pequena vespa da Ordem Hymenoptera que parasita ovos de várias espécies de Lepidoptera, inclusive Helicoverpa armigera. O parasitismo dos ovos da praga é importante porque impossibilita a eclosão das lagartas, que é a fase do inseto que causa danos às culturas;
  • Após a liberação dos parasitóides, o monitoramento continua a ser feito uma vez por semana, e dependendo do nível da população da praga na cultura, toma-se a decisão da aplicação ou não de um inseticida químico ou biológico. Cada cultura tem seu próprio nível de ação. Em soja, por exemplo, é de 7,5 lagartas por metro quadrado quando a cultura está na fase vegetativa e de 1 a 2 lagartas por metro quadrado na fase reprodutiva;
  • Após a colheita, todo resto da cultura deve ser eliminado através da aplicação de herbicidas, ou aração do solo, dependendo da forma de cultivo adotado pelo agricultor. Essa operação visa quebrar o ciclo da praga pela retirada total do alimento até o início da próxima safra. Esse período é denominado de Vazio Sanitário.”

A mais nova dor de cabeça dos produtores rurais do País, principalmente da região dos cerrados, a Helicoverpa armigera, é uma praga exótica que chegou ao Brasil recentemente. Os primeiros registros da “Come-Tudo” nas lavouras brasileiras foram nos meses de janeiro e fevereiro de 2013, em Goiás, na cultura da soja; na Bahia, em restolho de soja; e Mato Grosso, na cultura do algodoeiro.

Em julho do ano passado foi confirmada a presença da lagarta em plantios nos Cerrados do Piauí, devorando as culturas de soja, algodão e feijão-caupi, segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Piauí – ADAPI. De acordo com registros do Ministério da Agricultura, ela já chegou em mais dez Estados, com destaque em Mato Groso do Sul, São Paulo e Paraná.

A Helicoverpa armígera é diferente de tudo que já apareceu pelo Brasil em termos de praga na agricultura. Os adultos, por exemplo, são mariposas de hábito noturno Elas possuem coloração cinza esverdeada nos machos, enquanto que nas fêmeas, é de laranja amarronzada com envergadura aproximada de 35 e 41 milímetros, respectivamente para machos e fêmeas.

Segundo Paulo Henrique Soares, após o acasalamento, uma fêmea pode ovipositar cerca de 800 ovos que passam cerca de três dias em incubação. “Ao eclodirem as lagartas, fase em que o inseto causa prejuízo, passam a alimentar-se preferencialmente dos órgãos reprodutivos das planta hospedeiras ou de suas folhas”, explica.

Quando elas estão totalmente desenvolvidas, as lagartas medem aproximadamente 32,50 milímetros de comprimento passando por seis estágios larvais em 17 dias A coloração é variada, podendo apresentar listras longitudinais marrons e amarelas esverdeadas.

Todos os continentes já registraram a presença da Helicoverpa armigera. Além de ter grande capacidade de adaptação aos diversos ecossistemas, a lagarta é agressiva e resistente à maioria dos inseticidas comerciais.

 



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Website: http://www.embrapa.br

Published: February 7, 2014

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