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Feijão carioca IAC Milênio agrada toda a cadeia de produção - A cultivar é resistente a doenças e reduz em 30% a aplicação de agrotóxicos


Brazil
May 2014

Um feijão com características que agradam o produtor rural, a indústria empacotadora e o consumidor será apresentado pela primeira vez ao grande público da Agrishow, pelo Instituto Agronômico (IAC), de Campinas. O sucesso do feijão IAC Milênionão está restrito a uma característica, mas ao pacote tecnológico composto por qualidade de grão de alto padrão no mercado, com caldo espesso e alto rendimento de panela, elevada produtividade agrícola, porte ereto que viabiliza colheita mecanizada, resistência à antracnose e à murcha deFusarium, o que reduz em 30% a aplicação de agrotóxicos.

Lançado pelo Instituto em junho de 2013, o IAC Milênio é a milésima cultivar do IAC e o mais recente material de feijão. É resistente àantracnose, que danifica folhas e vagens, depreciando o produto, e à murcha deFusarium, principal doença da raiz, que leva a planta à morte. “A resistência a essas doenças reduz em cerca de 30% a aplicação de agrotóxicos. Hoje o agricultor tem alto custo para controle da antracnose”, diz o pesquisador do IAC, Alisson Fernando Chiorato. No Brasil, o melhor trabalho envolvendo esta doença é do IAC. Ele afirma que o custo total de produção do feijoeiro varia de R$ 2 mil a R$ 6 mil, por hectare, sendo que grande parte desse montante envolve produtos químicos de prevenção e controle de pragas e doenças.

O IAC Milênio apresenta grãos claros e inteiros após o cozimento, com tamanho e formato almejados pela indústria, além de caldo encorpado apreciado pelo consumidor.

Esta soma de qualidades atribui ao IAC Milênio potencial para ser uma das cultivares mais plantadas no Brasil. “Atualmente, cerca de 20% do mercado nacional de feijão é ocupado por materiais do Instituto Agronômico. Na região de Goiás, na safra 2012/2013, foram produzidos 530 mil quilos de sementes da cultivar IAC Formoso, lançado em 2010”, afirma o pesquisador. Segundo Chiorato, é uma presença bastante elevada, considerando a alta tecnologia envolvida nas instituições públicas brasileiras dedicadas ao melhoramento do feijoeiro.

A cultivar IAC Milênio tem produtividade média de 2.831 kg/hectare, que é semelhante a outros materiais do mercado, e potencial produtivo de 4.625 kg/hectare. “São Paulo tem a maior produtividade média por área, no Brasil, em torno de 1.800 quilos por hectare, que ainda é baixo frente ao potencial produtivo da cultura, que fica acima de 4 mil quilos por hectare”, explica Chiorato.

De acordo com o gestor de suprimentos da Camil, João Carlos de Castro Alves, o Instituto Agronômico visualizou não só a importância da genética para o produtor, mas também para quem vai consumir e se aquele produto teria ou não aceitação dos consumidores. “O IAC vislumbrou que a pesquisa não deveria atender apenas a aspectos agronômicos, mas também à qualidade culinária. Hoje o IAC trabalha para aprimorar e incorporar maior teor de proteína e outros nutrientes ao feijão”, diz Alves.


Grão de alto padrão

O IAC Milênio apresenta grãos claros e inteiros após o cozimento, com tamanho e formato almejados pela indústria, além de caldo encorpado apreciado pelo consumidor. A qualidade do grão do IAC Milênio é a mesma do IAC Alvorada, lançado em 2008. Entretanto, o IAC Alvorada é suscetível à murcha deFusariume por essa razão, hoje é produzido em áreas novas do feijoeiro, onde não há infestação da doença, e em propriedades com alta tecnologia. Chiorato afirma que o IAC Alvorada seria um dos feijões mais plantados no Brasil, se não fosse a suscetibilidade à doença que ataca a raiz. A avaliação do pesquisador é confirmada pela opinião de usuários da tecnologia IAC.“O IAC Milênio é uma cultivar de feijão carioca que em suas características extrínsecas e intrínsecas atende plenamente aos anseios de todos os elos da cadeia produtiva do feijão”, diz João Carlos de Castro Alves, da Camil.

“Plantei por dois anos a IAC Alvorada, mas parei porque ela era muito sensível a doenças. O Alvorada é um feijão com grãos de qualidade e produtividade excelente. Até hoje foi o feijão com maior produtividade na minha propriedade. Se não fosse a sensibilidade das raízes à doença eu continuaria plantando”, diz Mariana Figueiredo Bergamo Salvador, que cultiva feijão em Avaré, interior paulista.

O pesquisador do IAC explica que o IAC Milênio vem do melhoramento do IAC Alvorada, com a mesma qualidade do grão e a vantagem de ser resistente à murcha de Fusarium. É exatamente o perfil desejado pela agricultora Mariana Bergamo. “Se tivesse semente de um feijão parecido com o Alvorada, mas resistente a doenças, eu plantaria com certeza”, diz.
O interesse é o mesmo de Altair Muller Corrêa, agricultor de Manduri, em São Paulo. ”Se tivesse uma cultivar do Alvorada resistente à doença de raiz, vixi, eu tenho muito interesse em plantar. Para o consumidor ele é muito bom”.

As pesquisas com o IAC Milênio começaram em 2007 e envolvem recursos do Governo paulista, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

IAC Formoso

O feijão IAC Formoso possui características que agradam agricultores e o mercado consumidor. Apresenta resistência à antracnose e resistência moderada àmancha-angular e à murcha de Fusarium. Com essas características, são reduzidas em até 30% as aplicações de agrotóxicos, diminuindo também os custos de produção e os impactos para o ambiente e a saúde do trabalhador.Já em relação à adaptação, a cultivar lançada na Agrishow de 2011 é recomendada para toda a região Sudeste, além do Sul e Nordeste. A taxa de produtividade depende da tecnologia adotada, mas a média é de dois mil a quatro mil quilos por hectare.

Na panela

Para o consumidor, o IAC Formoso destaca-se por apresentar alto valor proteico, com cerca de 24% de proteína, e exigir menor tempo para o cozimento, ele fica pronto em cerca de 20 minutos na pressão.

IAC Imperador

A cultivar de feijão IAC Imperador é precoce, tem ciclo de 75 dias, enquanto outras do mercado apresentam ciclo de 85 a 95 dias. Esse perfil atrai os produtores por viabilizar o retorno financeiro mais rápido e o consórcio com milho e soja, por exemplo. O IAC Imperador é resistente às principais doenças da cultura, como a antracnose, e é tolerante à murcha de Fusarium, reduzindo em até 30% o controle químico. O material tem produtividade média de 2.266 quilos por hectare. Lançado em 2012, é recomendado para os Estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, principais regiões produtoras de feijão do País.

Na panela

O feijão IAC Imperador se destaca pela alta qualidade do produto final, com grãos claros e inteiros após o cozimento, obtido em torno de 20 minutos na pressão, e com valor proteico que chega a 21%, sendo inferior somente ao IAC Formoso.



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Website: http://www.iac.sp.gov.br/

Published: May 24, 2014

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