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Congresso Brasileiro de Mamona traz a experiência do maior produtor mundial da cultura


Brazil
August 14, 2104

Edna Santos - VI Congresso Brasileiro de Mamona trouxe nesta quinta-feira (14) a pesquisadora indiana Kammili Anjani, do Diretório de Pesquisas de Oleaginosas – DOR, principal instituição de pesquisa de mamona no país
VI Congresso Brasileiro de Mamona trouxe nesta quinta-feira (14) a pesquisadora indiana Kammili Anjani, do Diretório de Pesquisas de Oleaginosas – DOR, principal instituição de pesquisa de mamona no país - Foto: Edna Santos

Na década de 1960, o Brasil detinha cerca de 80% do mercado mundial de óleo de mamona e a Índia, apenas 20%. Hoje esse quadro se inverteu e a Índia se tornou o maior exportador mundial da oleaginosa. Para apresentar essa experiência, o VI Congresso Brasileiro de Mamona trouxe nesta quinta-feira (14) a pesquisadora indiana Kammili Anjani, do Diretório de Pesquisas de Oleaginosas – DOR (na sigla em inglês), principal instituição de pesquisa de mamona no país. Ela ministrou palestra com o tema Produção de mamona na Índia.

Conforme Anjani, entre os fatores que contribuíram para que a cultura se tornasse viável no país estão o clima favorável e um forte programa de melhoramento genético, culminando com o desenvolvimento de híbridos. "Graças a um programa de melhoramento genético muito bem coordenado, a Índia conseguiu transformar uma planta invasora numa planta altamente desejada no país", afirmou Anjani.

A pesquisadora conta que na década de 1920, os desafios iniciais era a falta de variabilidade genética. "As plantas eram muito altas e tardias e muito difíceis de colher à mão. Também tinham os racemos (cachos) muito pequenos e como não remuneravam muito bem, os produtores não gostavam de plantar", relata. Na época, o país ainda não tinha um mercado estruturado e nem variedades resistentes às principais pragas.

O primeiro passo para mudar esse cenário foi conseguir uma boa coleção de germoplasma. Isso foi a base para um bom programa de melhoramento. As variedades foram coletadas no próprio país, de acordo com as características desejadas, tais como, tolerância à salinidade, altitude, baixa umidade e geadas. Hoje, o banco de germoplasma do DOR tem cerca de 300 materiais com ampla variedade genética.

"O desenvolvimento de híbridos permitiu reunir muitas características desejadas numa planta só", relatou. Segundo ela, foram desenvolvidos materiais específicos para cada região. "Não existe um material que seja bom para todas as regiões".

O cultivo de híbridos começou em 1972 e cinco anos depois os híbridos já eram amplamente cultivados no país. A produtividade da cultura aumentou em 142% com a introdução dos híbridos, com uma media nacional de produtividade de 1820 quilos por hectares, incluindo áreas irrigadas e de sequeiro.

Os híbridos de mamona produzem de 1.500 a 1600 quilos por hectare em condição de sequeiro e sob irrigação podem chegar a 2.000 quilos por hectare. As variedades disponíveis têm ciclo de 120 a 180 dias, todas são resistentes à murcha de fusarium.

"Eles remuneram muito bem, não dão muito trabalho e podem ser cultivados em qualquer tipo de solo", disse Anjani.

Os desafios atuais são o desenvolvimento de plantas precoces e super precoces que possibilitem até três cultivos por ano em algumas regiões. Outras metas são aumentar a produtividade, o teor de óleo e de ácido ricinoleico. O melhoramento para resistência a doenças e a redução dos custos de produção são outra metas do DOR.

Para o chefe-adjunto de Pesquisa e Desenvolvimento da Embrapa Algodão, Liv Soares Severino, apesar da Índia possuir um mercado bem estruturado, o país tem desafios muito semelhantes aos do Brasil, principalmente, em relação a escassez de mão-de-obra. "A diária de um trabalhador rural na Índia é de US$ 10 e no Brasil esse valor não é muito diferente, então nós não temos alternativa a não ser desenvolver tecnologias que permitam a mecanização da cultura", avaliou.



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Website: http://www.embrapa.br

Published: August 14, 2014

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