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Redes de pesquisa buscam solução conjunta para problemas fitossanitários


Brazil
August 19, 2014

Arquivo Embrapa Soja - Detalhe de ferrugem da soja
Detalhe de ferrugem da soja - Foto: Arquivo Embrapa Soja

Nem sempre é fácil trabalhar de forma colaborativa em mundo tão competitivo, no entanto, para muitos fitopalogistas a formação e a manutenção de redes de pesquisa - em um país continental como o Brasil - tem se mostrado eficiente para a resolução de problemas fitossanitários. O resultado dessas parceiras de sucesso foi apresentado, durante o 47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia, realizado de 17 a 22 de agosto, no Centro de Eventos, em Londrina (PR). O evento é promovido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) Universidade Estadual de Londrina e Instituto Agronômico do Parana´

Uma dessas experiências é o Consorcio Antiferrugem, criado em 2004, como um projeto de transferência de tecnologia para a ferrugem asiática, uma das mais agressivas doenças para a soja. A ferrugem asiática da soja, introduzida no Brasil em 2001, era pouco conhecida e sua forma de distribuição pelo vento, assim como a dificuldade de identificação e de manejo da doença geravam muitas dúvidas.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, membro do Consórcio Antiferrugem, paralelamente à criação do Consórcio havia sido formada uma rede de ensaios cooperativos entre pesquisadores de todo o Brasil, que vem gerando informações para subsidiar as ações de pesquisa e de técnicos e produtores no campo. "Em um primeiro momento, o Consórcio Antiferrugem foi criado para organizar as informações existentes e também para treinar os técnicos brasileiros sobre como proceder diante da doença", explica Godoy. "Atualmente a rede de ensaios cooperativos também compõe o Consórcio Antiferrugem", explica.

Atualmente, o Consórcio Antiferrugem conta com aproximadamente 100 laboratórios cadastrados em todo o Brasil, capacitados para identificar a ferrugem asiática que, às vezes é confundida com outras doenças da soja. Além disso, este Consórcio possui cerca de 60 pesquisadores de instituições públicas e privadas, distribuídos em todas as regiões brasileiras com o intuito de monitorar o problema e gerar novos conhecimentos sobre a doença.

As informações são repassadas por intermédio de palestras, treinamentos, dias de campo e também pelo website do Consórcio Antiferrugem (www.consorcioantiferrugem.net). A página do Consócio na internet reúne as principais informações sobre a doença e também monitora a doença em tempo real, durante a safra de soja. Este monitoramento gera um mapa sobre a dispersão da doença no Brasil, a partir da detecção regional desses focos e do compartilhamento digital. "A identificação regionalizada da doença é importante, porque ajuda na estratégia de controle da doença", destaca Godoy. "O Consórcio Antiferrugem é, de fato, uma parceira público-privada muito importante e, mesmo com os conflitos naturais, o saldo dessa rede é muito positivo para todos os envolvidos na cadeia da soja".

Redes de pesquisa combate doenças do trigo

Uma ação cooperativa no combate à giberela e à brusone, principais doenças do trigo, também foi destaque durante o Congresso de Fitopatologia. A giberela e a brusone são doenças causados por fungos que atacam as espigas dos cereais de inverno sob condições de moderada a elevada temperatura, associada à alta umidade relativa e molhamento, proveniente de chuvas frequentes no período do espigamento. A importância dessas doenças está na agressividade do patógeno, quando sob condições meteorológicas favoráveis à ocorrência da doença, associado ao alto nível de suscetibilidade das cultivares de trigo, principalmente à brusone. Adicionalmente, o  controle químico dessas doenças é considerado pouco satisfatório e, sob ataque severo, economicamente inviável.

Com o objetivo de identificar as limitações no controle químico dessas duas doenças, foi criada uma ação conjunta em 2010, formando uma rede com instituições de pesquisa e empresas fabricantes de fungicidas. A rede "Ensaios cooperativos para controle de giberela e brusone do trigo" conta com experimentos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Minas Gerais e Distrito Federal. Os ensaios são coordenados pela Embrapa Trigo, com recursos públicos e privados, como os do projeto "Estratégias integradas de caracterização da resistência de trigo à brusone".

 "Nos resultados iniciais, observamos que em laboratório os fungicidas são eficientes no controle dessas doenças, mas a campo os resultados não se repetem. Assim, estamos desenvolvendo ações em tecnologia de aplicação para melhorar o desempenho do controle químico", explica o pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Martins Santana. Participam da rede de ensaios com fungicidas, junto com a Embrapa Trigo (Passo Fundo, RS), pesquisadores da CCGL-Tec (Cruz Alta, RS), da SEEDS – Grupo FLOSS (Passo Fundo, RS), da Embrapa Soja (Londrina, PR), da FAPA – Cooperativa Agrária (Guarapuava, PR), da Fundação ABC (Castro, PR), da COODETEC, (Cascavel, PR), do IAPAR (Londrina, PR), da Tagro Agropecuária (Londrina, PR), da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), da EPAMIG (Patos de Minas, MG), do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (Uberaba, MG), do Instituto Federal do Mato Grosso (Campo Verde, MT) e da Embrapa Cerrados (Planaltina, DF).

47º Congresso Brasileiro de Fitopatologia



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Website: http://www.embrapa.br

Published: August 19, 2014

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