Brazil
December 11, 2014

As pesquisadoras cubanas, Siomara Martinez (à direita) e Belkis Corona (à esquerda) com Andressa Souza, do Laboratório de Diagnóstico Molecular e Micologia. Foto: Aline Bastos 

Pesquisadoras cubanas do Centro Nacional de Sanidad Agropecuaria (CENSA), localizado em Havana, Cuba, vieram ao Brasil para realizar capacitação em métodos para multi-detecção de transgênicos pelo sistema de placas ready to use no Laboratório de Diagnóstico Molecular e Micologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos (Rio de Janeiro, RJ). A missão de trabalho faz parte de um projeto financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a partir de um convênio estabelecido entre os dois países para dar suporte à implementação de um laboratório de detecção de organismos geneticamente modificados (OGMs) em Cuba.

A demanda imediata dos órgãos de fiscalização e controle cubanos é aplicar um método confiável e acessível em termos de custo para detecção de milho e soja geneticamente modificados- provenientes da China e de países da América Latina - presentes na ração animal do rebanho leiteiro. "Neste momento, estamos trabalhando para harmonizar os protocolos, usando a mesma técnica para isolar e purificar o DNA das amostras. Em seguida, pretendemos avaliação o sistema de placas ready to use com o corante SYBR Green. As informações obtidas serão cruzadas com aquelas cadastradas em bases de dados internacionais de OGMs", conta a pesquisadora Siomara Martinez, do Centro Nacional de Sanidad Agropecuaria, que veio ao Brasil acompanhada de sua colega, a Dra. Belkis Corona.

Durante a sua permanência na Embrapa, as pesquisadoras passarão por treinamento para operação dos equipamentos para condução da PCR em tempo real, além da preparação das placas ready to use, identificação das ferramentas (sondas, primers, banco de dados etc) aplicadas no método de detecção de OGMs. "A nossa intenção é também incluí-las na Rede Latino Americana de Detecção de OGMs, para que algumas dificuldades básicas possam ser superadas, como compras de reagentes provenientes de países americanos e europeus, que são impedidas devido ao embargo econômico à Cuba. Integrando-se à Rede, esses produtos poderiam vir de parceiros latino-americanos", afirma a pesquisadora Edna Oliveira, Coordenadora do projeto CNPq e responsável técnica pelo Laboratório de Diagnóstico Molecular e Micologia da Embrapa Agroindústria de Alimentos.

Website: http://www.embrapa.br

Published: December 11, 2014