Brazil
January 19, 2015
Na sexta-feira, dia 16, a Coodetec reuniu agricultores e profissionais no Encontro Tecnológico de Verão. Informações sobre o mercado agrícola e fitopatologia foram destaques durante o evento, realizado em parceria com a Dow AgroSciences. Além disso, os participantes acompanharam a apresentação de produtos para manejo das lavouras e puderam ver de perto o desenvolvimento dos híbridos de milho e cultivares de soja CD.
O responsável técnico pela Agrícola Horizonte de Marechal Cândido Rondon, Cristiano da Cunha, encontrou no evento, ótimas opções nas parcelas demonstrativas. “Principalmente em soja, vejo que a Coodetec tem evoluído a cada ano e, no campo experimental, conseguimos ter uma boa referência do que é importante e indicado para a nossa região. Também é bacana destacar a preocupação da empresa em esclarecer nossas dúvidas em relação à fitóftora, que vem trazendo dores de cabeça ao produtor.”
Na vitrine de milho, em destaque, estavam os híbridos com a tecnologia Powercore, que controla as principais lagartas da cultura e que possui tolerância aos herbicidas glifosato e glufosinato de amônio. Já na soja, a tecnologia Intacta RR2 PRO™, que também possui controle de pragas e tolerância ao glifosato, chamou a atenção. “O resultado do plantio dessa soja CD é a produtividade. O agricultor encontra na Coodetec excelentes opções para a sua lavoura. Nossas variedades são testadas e possuem adaptação para diferentes regiões”, argumenta o supervisor regional de vendas, Martim Herpich.
“O Encontro Tecnológico sempre é uma boa oportunidade para atualização. Todos os anos buscamos temas pertinentes e atuais. Em 2015, optamos pelas tendências do mercado agrícola e mesmo com tantos eventos acontecendo na região, tivemos um bom público e que, com certeza, saiu daqui com uma excelente bagagem”, declara o presidente executivo da Coodetec, Ivo Carraro.
Informações de mercado
Durante a tarde, quem acompanhou o Encontro Tecnológico de Verão assistiu palestra sobre as tendências do mercado agrícola para os próximos meses. O consultor da agência Safras & Mercado, Gil Barabach, desenhou, baseado em fatos, o futuro para soja e milho. De acordo com ele, ainda existem muitas incertezas no mercado.
“O bom preço da soja em relação ao milho, fará o produtor americano optar pelo plantio da oleaginosa e, caso se concretize safra recorde no Brasil e nos EUA e a China continue com o ritmo de compras de agora, os preços devem cair. Mas, alguns fatos podem influenciar para a alta no preço da soja, como uma demanda acima do esperado (potencial da China), clima adverso e disparada do dólar”, detalhou o consultor.
Segundo Barabach, a oferta de milho deve ser mais apertada e o recuo na produção deve propiciar uma recuperação de preços até o fim de 2015. “O que o produtor precisa é acompanhar o mercado e participar ativamente dele. Não dá pra ficar sentado, esperando as coisas acontecerem. Ótimas oportunidades de negociação podem ser perdidas. É preciso sair da arquibancada e entrar no jogo.”
Podridão radicular de fitóftora
No campo experimental da Coodetec, a fitopatologista Tatiane Dala Nora Montecelli apresentou informações sobre podridão radicular de fitóftora (Phytophthora sojae), um dos principais patógenos para a cultura da soja. Essa doença pode infectar as plantas em diferentes estágios de desenvolvimento, causando apodrecimento de sementes, morte de plântulas, redução de crescimento e morte de plantas adultas. As reduções de rendimento podem chegar a 100% em cultivares suscetíveis.
“A ocorrência de podridão radicular de fitóftora está, geralmente associada a solos pesados, insuficientemente drenados ou compactados. Sua manifestação está intimamente ligada ao excesso de umidade no solo. A utilização de cultivares resistentes é a principal forma de controle desta doença”, informou Tatiane.
Nos programas de melhoramento de soja da Coodetec, a seleção de linhagens resistentes à podridão radicular de fitóftora é focada, principalmente, em avaliar a resistência completa, pelo método de hipersensibilidade do hipocótilo (inoculação da doença na planta por meio de palito). Além dessa metodologia, também é realizada avaliação de resistência de campo, onde as cultivares são analisadas pela capacidade das raízes de resistirem à penetração do patógeno inserido no substrato de semeadura.