Brazil
May 12, 2015
Cenoura BRS Planaltina - maior rendimento industrial na produção de minicenouras. Grão-de-bico BRS Alleppo - maior tolerância a fungos de solo - Foto: Henrique Carvalho
Considerada uma das mais importantes feiras de agronegócio do Brasil, a Agrobrasília vem apresentando a cada ano as novidades tecnológicas desenvolvidas na região do Distrito Federal, tanto em termos de produtos, como de equipamentos e maquinários. Com presença registrada em todas as suas edições, a Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) mostra nessa oitava etapa da feira, que acontece no período de 12 a 16 de maio, materiais já consolidados e duas novas cultivares – a cenoura BRS Planaltina e o grão-de-bico BRS Aleppo.
Cultivar de verão desenvolvida especialmente para processamento de minicenouras (tipo baby carrots), a BRS Planaltina possui características que permitem um melhor rendimento industrial - raízes finas, compridas (de 22 a 26 cm), lisas e uniformes – se comparada com outros materiais de cenoura. De acordo com o pesquisador e chefe-geral Jairo Vieira, de quem partiu a ideia do desenvolvimento de uma cultivar com essas propriedades, trata-se de uma alternativa para o produtor de cenourete do Nordeste e do Sudeste, principalmente aquele que usa híbrido importado, de maior valor, e com pouco retorno nos níveis de produção.
"Esse material de polinização aberta pode ser plantado nas principais regiões de produção do País, durante todo o ano, o que vai atender especialmente a produtores com nicho garantido de mercado de cenouretes", assinala Vieira, para quem o benefício pode ser estendido às companhias de sementes.
O pesquisador e coordenador do Programa de Melhoramento de Cenoura Agnaldo Carvalho informa que a Embrapa vai disponibilizar a BRS Planaltina para ser testada por empresas de sementes interessadas. "Em um momento posterior, será anunciado em edital público informação referente à assinatura de contratos de parceria para a produção e comercialização de sementes".
BRS ALEPPO
Embora a leguminosa tenha suas qualidades nutricionais reconhecidas mundialmente, o Brasil não apresenta uma tradição de cultivo comercial de grão-de-bico, o que impõe a importação da quase totalidade do que é consumido no País.
Com a BRS Aleppo, a expectativa é que com a expressiva adaptação da cultivar nas áreas irrigadas do Brasil Central, conforme demonstrou testes conduzidos durante quatro anos em algumas propriedades rurais da região, a hortaliça possa se constituir em alternativa para a redução dos níveis de importação – cerca de US$ 8 milhões anualmente.
SEMENTES
O pesquisador e chefe-adjunto de Transferência de Tecnologia Warley Nascimento, que coordena o programa de sementes da Unidade, informa que a Embrapa Produtos e Mercado (SPM) prevê a realização de edital público, no segundo semestre de 2015, para celebração de contratos visando à produção/comercialização das sementes da nova cultivar.
Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/
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