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Instituições públicas e privadas buscam fortalecer a cadeia produtiva do arroz no Maranhão


Brazil
May 21, 2015

Bernardo Mendes - A orizicultura meranhense tem potencial para fortalecimento deste setor no Estado.
A orizicultura meranhense tem potencial para fortalecimento deste setor no Estado. - Foto: Bernardo Mendes 

Visando fortalecer a cadeia produtiva do arroz no Maranhão, instituições públicas e privadas de pesquisa, extensão e de mercado do arroz que atuam no Estado estão articulando estratégias de ações com o objetivo de desenvolvimento e crescimento da orizicultura para a região. Entre as instituições se destacam a Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico do Maranhão (FAPEMA), a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SAGRIMA) e a Secretaria de Agricultura Familiar (SAF), o Instituto Federal do Maranhão (IFMA), a Camil Alimentos (CAMIL), a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA) e Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Para concretizar este objetivo principal de formular estratégias sistêmicas e integradas entre os setores públicos e privados para o desenvolvimento da cadeia produtiva do arroz maranhense, essas instituições estão elaborando projeto sob o título ‘Fortalecimento da Cadeia Produtiva do Arroz no Maranhão', visando estabelecer ações integradas e triplicar a produção de arroz do estado no período de 2015 a 2018.

As primeiras reuniões já foram realizadas e debatidas oportunidades para a viabilização de propostas locais, entre elas, a ampliação e inserção da produção de arroz da agricultura familiar no processo de comercialização no mercado estadual e regional. Outras propostas também estão sendo analisadas: a viabilização de máquinas e implementos para a produção de arroz e de equipamentos de pós-colheita para agricultura familiar; a inclusão do arroz em sistemas de ILPF e rotação com outras culturas; elaboração de um projeto pelo governo do estado, que envolva todos os elos da cadeia e os respectivos agentes; e, implantação de novas Unidades de Referência Tecnológica (URT) como ações de transferência de tecnologia visando à formação de multiplicadores de tecnologias para o arroz e a realização de pesquisas específicas para as condições do Maranhão.

Cenário atual do arroz no Maranhão – O Estado do Maranhão é formado por 217 municípios e 21 microrregiões. Segundo dados do IBGE (2012), na safra 2009-10 somente quatro municípios não produziram arroz. O Maranhão apresenta alta dispersão da produção de arroz se comparado com outros estados brasileiros. Uma das características importantes na orizicultura maranhense é que quase a totalidade do arroz produzido no estado se encontra em lavouras com menos de 50 ha, de acordo com os dados do IBGE (2006). Os dez municípios que mais produziram arroz no Estado, na safra 2009-10, segundo o IBGE, foram: Grajaú (18 mil t), Santa Luzia (17 mil t), Barra do Corda (14 mil t), Arari (12 mil t), Mirador (11 mil t), Tuntum (11 mil t), São Domingos do Maranhão (10 mil t), Caxias (10 mil t), Formoso de Serra Negra (9 mil t) e, Colinas (8 mil t).

Na safra 2012/13, a posição do Estado era a de terceiro maior produtor de arroz do Brasil, com produção de 632 mil toneladas do grão. Um dos motivos do aumento da produção de arroz no Maranhão é a ampliação da área de arroz plantado em regime de irrigação. Só na safra 2012/13 correspondeu cerca de 15 mil hectares, o que possibilitou a elevação da produtividade para 1.579 quilos/hectare naquele ano.

A produtividade média do arroz no Maranhão está estabilizada entre 1.350 e 1.580kg/ha, valor muito inferior à média nacional, que gira em torno de 4.500 kg/ha. Outro fato importante é que a produtividade do arroz no Brasil, no período de 2000 a 2012 apresentou um acréscimo médio de 54%, fato que não ocorreu no Estado do Maranhão. "Isso mostra a oportunidade para a incorporação e adoção de tecnologias já disponíveis para melhoria na produtividade e na qualidade do arroz produzido no Estado e o quão oportunas são as ações de revitalização e desenvolvimento dessa cadeia produtiva", observou Carlos Santiago, analista de transferência de tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, no Maranhão.

O Estado maranhense sempre se destacou, há várias décadas, como o maior produtor de arroz no Nordeste brasileiro; em 2013, por exemplo, a produção girou em torno de 481 mil toneladas do produto em casca (70% da produção do Nordeste). O Estado se destaca também pelo consumo per capta do arroz que varia entre 60 a 82 kg/habitante/ano.  

Dentre as cultivares de arroz indicadas para o Maranhão, Carlos Santiago destaca a BRSMA 357, desenvolvida pela Embrapa para as várzeas do Maranhão. Esta variedade apresenta ciclo longo, de 140 dias da emergência até a colheita, a arquitetura de planta moderna, apresenta resistência ao acamamento e grãos transparentes com boa qualidade industrial e culinária. É o tipo preferido pela dona de casa e uma cultivar muito promissora para os ideais de elevação de produtividade na baixada maranhense. Em lavoura de alta tecnologia desenvolvida no Município de Arari (MA), pesquisa recente realizada pela Embrapa, IRGA, CAMIL e os produtores locais, a cultivar BRSMA 357 alcançou a marca de 9.350 kg/ha, fato que demonstra o potencial de elevação da produtividade do arroz no Estado do Maranhão. "Existe, ainda, um longo caminho a ser percorrido e acredito que a união de esforços é o primeiro passo nessa direção. Um ponto bastante positivo é que o Maranhão possui terras férteis, disponibilidade hídrica e clima propício ao desenvolvimento do cultivo do arroz; o que falta é infraestrutura e assistência técnica para que os produtores possam adotar as tecnologias disponíveis para a orizicultura no Estado".

Neste sentido, com o fortalecimento de parcerias e ações estruturantes na cadeia produtiva maranhense, o Estado ganha importância no cenário nacional de arroz, contemplando e dando oportunidade para a coexistência da pequena e grande produção, tornando-se um importante centro abastecedor com potencial na produção de arroz para outras regiões, principalmente no Nordeste do país.

 

Hélio Magalhães (4911 MTb/MG)
Embrapa Arroz e Feijão
arroz-e-feijao.imprensa@embrapa.br
Telefone: (62)3533-2108



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Published: May 22, 2015

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