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Importância da pesquisa em controle biológico natural é defendida como segurança nacional


Brazil
October 23, 2015

Paulo Lanzetta - Suely Brito da Silva, da ABDA/SBDA, falou das possibilidades que o controle biológico pode promover à segurança nacional, assim como, contribuir no manejo de pragas no Brasil. Ela listou as pragas prioritárias para o Mapa.
Suely Brito da Silva, da ABDA/SBDA, falou das possibilidades que o controle biológico pode promover à segurança nacional, assim como, contribuir no manejo de pragas no Brasil. Ela listou as pragas prioritárias para o Mapa. - Foto: Paulo Lanzetta 

VII Cobradan encerra em Pelotas,RS três dias de discussão em geração do conhecimento e tecnologias possíveis para manejo de pragas, inclusive emergentes. Bactérias, por exemplo, podem combater doenças e produzir produtos de interesse agrícola e  de outras áreas. Próximo evento está agendado para 2017, em Cuiabá,MT
 
Chega ao término o VII Congresso Brasileiro de Defensivos Agrícolas - Cobradan, em Pelotas,RS há três dias, de terça (20/10) a esta quinta-feira (22/10), reunindo um público interessado em promover o conhecimento técnico-científico e inovações recentes na área de defensivos agrícolas naturais. O evento trouxe ao auditório Ailton Raseira da Embrapa Clima Temperado pesquisadores, técnicos da extensão, estudantes de graduação e pós-graduação, profissionais liberais e autonômos e produtores ligados a temática do Congresso.
 
O terceiro dia de palestras e mesas redondas se deu em torno das perspectivas dos defensivos agrícolas naturais como alternativas a ameaças fitossanitárias, especialmente no Brasil, diante do manejo de pragas emergentes e a apresentação de tecnologias inovadoras para veiculação de ingredientes de microorganismos e moléculas.
 
A abertura do dia aconteceu com a apresentação da palestra Ameaças fitossanitárias no Brasil pela representante da Associação de Defensivos Agrícolas da Bahia (ADAB), ligada a Sociedade Brasileira de Defensivos Agrícolas, em Salvador,BA, Suely Xavier de Brito Silva que falou um pouco do histórico e das consequências das ameaças fitossanitárias no mundo, do perigo iminente das invasões biológicas enfrentadas pelo planeta nos últimos tempos e quais as estratégias propostas para o seu enfrentamento. "A defesa agropecuária é uma questão de segurança nacional", reivindicou Suely. A palestrante fez relatos sobre algumas pragas invasoras no Brasil, que utilizaram controle químico e as que usaram controle biológico, apresentou a listagem das principais pragas identificadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como as que requerem mais cuidado no país,  trouxe  como exemplo de trabalho os números da frequência de uso de agentes de controle biológico nesta última safra, no Estado da Bahia, e mostrou um projeto fitossanitário de citros, realizado pela ADAB em conjunto com a Embrapa, ao utilizar o controle biológico.
 
As oito pragas prioritárias para o Mapa
 
• Ferrugem da Soja (Phakopsora pachyrhizie) – Soja  
• Mofo Branco (Sclerotinia sclerotiorum) - Soja, Feijão e Algodão 
• Helicoverpa armigera 
• Mosca Branca (Bemisia tabaci) - Feijão, Tomate, Melão e Soja 
• Nematoides (Meloidogyne javanica, Meloidogyne incognita, Heterodera glycines e Pratylenchus brachyurus) – Soja 
• Broca do Café (Hypothenemus hampei) – Café 
• Buva e Capim amargoso (Conyza bonariensis e Digitaria insularis) - Soja, Algodão e Feijão 
• Bicudo do algodoeiro (Antonomus grandis) – Algodão 
 
O professor da Universidade Federal de Viçosa, MG, Robert Barreto abordou o tema da Consolidação dos herbicidas biológicos como produtos viáveis: como chegar lá? Ele fez um relato de diversos usos de agentes biológicos que alcaçaram êxito em experiências agrícolas, mas que não permaneceram no mercado de defensivos agrícolas, da década de 80 até os dias atuais. "Os bioherbicidas estão vivendo uma crise existencial, pois sua eficácia e consistência na performance falharam para bioherbicidas promissores na fase de teste de campo para comercialização", relatou. Segundo ele, a grande resposta é buscar equilíbrio. "É preciso um agente eficaz, ambiente favorável, alvo relevante e parcerias com empresas", propôs Robert. 
 
O final da manhã foi concluído com apresentações da palestra do técnico da Epamig, Viçosa,MG Trazilbo José de Paula Júnior que discorreu sobre o Manejo alternativo de Sclerotinia sclerotiorum, onde ele explicou o porquê o mofo-branco se tornou uma das doenças do feijoeiro mais importantes no Brasil e como tem sido possível controlá-la.
 
A tarde foi finalizada com várias abordagens sobre o potencial de leveduras, de actinomicetos e do uso do Trichoderma spp no controle biológico de doenças. O encerramento ficou por conta da participação da professora da UFPel, Andrea Moura que apresentou o tema das Bactérias Biocontroladoras no controle de doenças e muito além, onde foi possível refletir a necessidade de diversificar usos, buscar novos nichos de mercado, agregar valores e aumentar o retorno econômico ao usar agentes biológicos como as bactérias. "Com elas, podemos fazer o biocontrole de doenças, de insetos, de plantas daninhas, promover crescimento e tolerância aos estresses, fazer biorremediação e  biodegração", afirmou Andrea. Após,  mostrou experiências e resultados com cada uma dessas possibilidades de biocontrole. "Essas bactérias, sim, podem produzir compostos de interesse como indutores de resistência, hormônios, colonização de tecidos, enzimas, antibióticos, vitaminas e muitos outros", confirmou Andrea. 
 
Para o coordenador do evento, o pesquisador Cesar Bauer Gomes, da Embrapa Clima Temperado, as contribuições do VII Cobradan se deram na oportunidade de criação de um espaço de discussão para atualização do conhecimento sobre o que há de produtos naturais e agentes de biocontrole de pragas relacionados ao uso, registro, manejo integrado, aspectos regulatórios e sua multifuncionalidade (promotores de crescimento e biorremediação). "Os  ganhos estão também na aproximação da pesquisa e o meio acadêmico à empresas que desenvolvem pesquisa e comercializam esses produtos, assim como, da transferência de tecnologia, com a participação de muitos técnicos do Mapa e do Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)", avaliou Cesar. Para ele, ainda fica, o desejo desta edição do evento que o conhecimento e as tecnologias apresentadas e a própria interação pessoal do participantes despertem mais interesse pelas tecnologias limpas. "Só tende a crescer a importância por produtos naturais, pois a sociedade demanda isso  - diminuição dos impactos quanto ao uso de agrotóxicos -  e não se faz assim, tão rápido, é preciso ter noção de todas as fases necessárias para se colocar um produto natural, um agente biológico no mercado", considerou Cesar.
 
Durante a realização do VII Cobradan os participantes elegeram a nova sede da próxima edição do evento. Em 2017, a Universidade Federal de Mato Grosso em conjunto com outras instituições e entidades parceiras irão realizar o Congresso em Cuibá, MT.
 
Premiados nas sessões de posteres
 
Durante a programação do evento foram feitos dois momentos para divulgação do conhecimento técnico-científico produzido pelas universidades e instituições de pesquisa, através das sessões de posteres. Dos 139 trabalhos, 30 foram pré-selecionados, e destes, quatro foram premiados pela Comissão organizadora. Os agraciados com o destaque foram: Cleyton da Silva Domingos  pelo Efeito de diferentes fosfitos na produtividade e controle de doenças foliares em milho, representando a Fortgreen; e Renata Assis Castro  por Mecanismos de ação de Burkholderia Seminalis TC3.4.2RE envolvidos no biocontrole de diferentes espécies de Fusarim, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ). Também compartilharam o destaque os candidatos: Muribi Farias Lima autor de Eficiência de pós vegetais no controle de Alphitobius diaperinus (Panzer, 1797) (Coleoptera: Tenebrionidae) em sementes de amendoim, bolsista da Embrapa Algodão; e Daniele de Brum, bolsista da Embrapa Clima Temperado,  pelo trabalho Potencial de rizobactérias na colonização radicular e biocontrole do nematoide das galhas (Meloidogyne graminicola) em arroz de sequeiro, mestranda na Universidade Federal de Pelotas (UFPel).
 
Números do VII Cobradan
 
25 horas de discussão técnica
285 participantes
22 palestrantes
139 trabalhos técnico-científicos
4 premiados
8 patrocinadores
3 empresas de agentes biológicos
5 regiões brasileiras representadas  (Acre, Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Paraíba, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Sergipe )
5 países  representados (Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Uruguai)
5 unidades da Embrapa envolvidas ( Algodão, Clima Temperado, Mandioca e Fruticultura, Meio Ambiente e Tabuleiros Costeiros)


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Website: http://www.embrapa.br

Published: October 23, 2015

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