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Primeira reunião técnica de 2012 discute a rodução de melancia em Goiás e Tocantins


Brazil
May 8, 2012

A melancia foi o tema da primeira reunião técnica de 2012, retomando a sequência do ciclo de debates realizado pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF) ao longo do ano passado. Primeira das duas etapas previstas para os debates e diagnósticos/linhas de atuação, a reunião do dia 24 de abril último expôs as principais tendências, oportunidades e vulnerabilidades relacionadas à cultura. Apontadas pelo pesquisador e chefe-adjunto de Pesquisa & Desenvolvimento Jairo Vieira como “uma importante ferramenta para identificar demandas e muitas vezes redirecionar os projetos de pesquisa”, as reuniões são vistas como oportunas para balizar as discussões em torno de culturas consideradas de importância estratégica para a Unidade, a partir de experiências relatadas por integrantes da cadeia produtiva – produtores, cooperativas e empresas de processamento.

Considerada uma das culturas economicamente mais importantes nos estados de Goiás e Tocantins, a melancia teve seus pontos fortes e fracos abordados nessa primeira etapa por pessoas envolvidas com a cultura, como o produtor e consultor da Prosagri (Projetos e Serviços Agropecuários) Carlos Manuel Andrade, que traçou um perfil da produção e cultivo desenvolvidos no município goiano de Uruana, nomeado como “a capital da melancia”. Segundo ele, juntamente com a consolidação da cultura, que conta com sete mil hectares de área plantada por cerca de 300 produtores da região, alguns problemas vêm ameaçando a produção de 160 mil toneladas anuais.

“Antes, Uruana dominava o mercado, mas entraves na comercialização e custo elevado no tocante ao controle de pragas e doenças, além da concorrência direta com a produção de Tocantins, vêm provocando certa instabilidade”, apontou Andrade, para quem a pesquisa pode contribuir para minimizar algumas dessas questões. “Acredito que novos híbridos, adubação adequada de solos, uma irrigação com menos consumo de água e a melhor adequação do uso de agrotóxicos podem ajudar muito”, sugeriu.

Para o agrônomo e professor da Universidade Federal de Tocantins Ildon Nascimento, do campus de Gurupi, a melancia constitui-se em um dos cultivos de maior sucesso no estado, com 1.500 hectares plantados. Ele atribui a boa perfomance ao aproveitamento hidrográfico no uso da irrigação, já que se trata de uma cultura bastante exigente em água, e também ao principal concorrente: “Grande parte do que se faz em Tocantins foi aprendida em Uruana”.

Apesar dos ganhos, o professor também destaca algumas dificuldades que “podem ser trabalhadas pela pesquisa”. “O desafio maior tem sido com relação às viroses, e à utilização de sementes não certificadas, o que influencia a qualidade dos frutos”.

DIAGNÓSTICO
Dentro das normas previstas, os problemas relatados pelos participantes são incluídos na pauta de discussões dos pesquisadores durante a segunda etapa das reuniões técnicas, quando então são sugeridas ações relacionadas aos trabalhos de pesquisa com vistas à resolução e/ou minimização dos transtornos que afetam a cultura.

Conforme o pesquisador Mateus Figueiredo, que coordena o programa de melhoramento de melancia no âmbito da Embrapa Hortaliças, com base na amostragem da primeira reunião, os pesquisadores da Unidade poderão focar seus objetivos de pesquisa com a cultura. “Como ponto de partida, a ideia é reunir os pesquisadores das áreas de melhoramento, fitopatologia, nutrição de plantas e virologia e traçar um plano de ação complementar ao que já vem sendo desenvolvido por outras Unidades, como na Embrapa Semi-Árido (Petrolina-PE), adianta o pesquisador.

E uma das questões já identificadas, e que está por trás de muitos problemas na produção de melancia, diz respeito à predominância de uma só cultivar, a Top Gun, que ocupa mais de 90% da área plantada no Brasil. “O plantio de um só genótipo aumenta a vulnerabilidade da cultura”, observa Mateus, que destaca a necessidade de desenvolver novas cultivares com maior resistência a pragas e doenças para aumentar a sustentabilidade da cultura nas regiões de produção.

Outro ponto onde a pesquisa pode atuar refere-se ao refugo que é deixado no campo e que afeta o padrão comercial da produção, com a disseminação de fungos e bactérias. Para o coordenador, esses frutos rejeitados são uma fonte de inoculo de patógenos para o próximo ciclo da cultura. Além disso, a utilização de sementes de baixa qualidade genética e fitossanitária aumenta a quantidade de refugo, potencializando o problema. “Uma questão difícil de resolver e um desafio para a pesquisa”, reconhece o pesquisador.

As culturas do melão (maio), batata-doce (junho) e batata (julho) serão os próximos temas dos ciclos de debates, embora não necessariamente nessa ordem já que estão sujeitas à adequação de agenda, tanto de pesquisadores como de convidados.

 

 



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Published: May 8, 2012

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


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