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Estudante alemã contribui em pesquisa com abóboras na Embrapa Hortaliças


Brazil
January 18, 2013  

Os trabalhos que vêm sendo desenvolvidos em torno dos efeitos de uma espécie de abóbora sobre os níveis de glicemia em portadores de diabetes mellitus tipo II tiveram a contribuição, nos últimos seis meses, de uma aliada que veio de longe: da Universidade de Bonn, na Alemanha, a bolsista Mareike Sültz, chamada de Kiki pelos colegas, acompanhou as pesquisas in vivo, através de consultas, testes e exames, onde participaram pacientes diabéticos, pré-diabéticos e indivíduos sadios.

A fluência em português contribuiu para o perfeito entendimento com a equipe responsável pelas pesquisas, conduzidas pela Embrapa Hortaliças (Brasília-DF), em parceria com o Departamento de Nutrição Humana da Universidade de Brasília (UnB). A pesquisadora Leonora Mattos, que integra a equipe e é orientadora da bolsista, comenta que o conhecimento da língua ajudou e muito no entrosamento necessário para a troca de informações e a decodificação dos termos técnicos usualmente empregados nos trabalhos. “O fato de a estudante dominar o português auxiliou na interação com os demais membros da equipe”, observou a pesquisadora.

A própria Kiki, que está terminando o curso de Nutrição e Tecnologia de Alimentos em Bonn, conta que nunca deixou de “pensar” o Brasil e procurou por intermédio de uma amiga em comum com a doutoranda em Nutrição Lidiane Muniz uma possibilidade de estágio em alguma instituição brasileira. “Como havia esse trabalho com a abóbora em curso, consegui uma bolsa e vim para a Unidade para trabalhar nessa pesquisa”, afirma a bolsista, para quem foi fundamental o apoio dos colegas brasileiros para se inteirar e contribuir para a fase de estudos in vivo do projeto.

De volta à Alemanha, “para fazer provas na Universidade de Bonn”, ela adianta que o retorno ao Brasil já está agendado, e confessa uma saudade antecipada de todos, até da abóbora Gila, que será devidamente apresentada aos alemães. “Vou levar na bagagem o registro do meu estágio e a experiência que tive com essa variedade de abóbora, que não conhecia, e o seu papel de prevenção à diabetes”, sublinhou.

Conforme o pesquisador e chefe-geral Celso Moretti, idealizador da pesquisa, essa foi a primeira vez que a equipe de Ciência e Tecnologia de Alimentos da Unidade recebeu um bolsista da Alemanha, e sua expectativa é que venham mais estudantes do exterior. “É importante para a Embrapa, que incrementa sua carteira de projetos com parceiros internacionais, e para esses universitários, que passam a conhecer a nossa realidade e o que temos para oferecer”, avalia o pesquisador. Segundo ele, essa troca representa uma “via de mão dupla, com ganhos de ambos os lados”.

Em vista disso, ele aposta numa presença mais constante de bolsistas do exterior na Embrapa Hortaliças, “reconhecida por sua excelência em pesquisa, desenvolvimento e inovação em hortaliças”. Mas antes de qualquer movimento para se investir mais diretamente nesse assunto, seria necessário, diz Moretti, estabelecer alguns pressupostos básicos. “Existem questões de ordem prática que precisam ser observadas no momento em que aceitamos bolsistas estrangeiros. Creio que um ponto importante a observar diz respeito à estada do bolsista em Brasília e todos os demais custos que estão associados, como moradia, transporte e alimentação”, acrescentou o pesquisador.

GILA

As pesquisas com a abóbora Gila levaram em consideração alguns estudos realizados no Brasil, que demonstraram o efeito hipoglicemiante – quando há queda nas taxas de glicose do sangue – a partir da ingestão de produtos elaborados a partir de cucurbitáceas. A escolha dessa variedade de abóbora deveu-se à alta concentração de sulfonilureias, grupo de substâncias que estimulam a secreção de insulina pelo pâncreas.

A hortaliça é foco de dois projetos, um financiado pela Embrapa e outro pelo CNPq, ambos em parceria com o Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília (UnB). O estudo, que é também tema da tese de doutoramento da nutricionista Lidiane Muniz, foi subdividido em diferentes etapas. A fase atual, denominada “ensaio clínico piloto”, tem a participação de 35 pessoas, entre homens e mulheres, aos quais foram administradas cápsulas produzidas a partir extratos da casca, polpa e semente de abóbora e também placebos. O próximo passo envolve a análise dos dados obtidos e sua publicação, seguida por outras avaliações, desta vez com um número maior de pessoas, no chamado ensaio clínico randomizado. “Se as nossas expectativas forem confirmadas, num futuro próximo poderemos dispor de um fitoterápico para auxiliar no tratamento dos diabéticos tipo II”, assinala Moretti.


 



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Website: http://www.embrapa.br

Published: January 18, 2013

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