Brazil
June 10, 2015
Palestra sobre Sementes Recalcitrantes inclui resultados de pesquisas, dissertações e teses e divulgaações da Secretaria do Meio Ambiente, do Instituto de Botânica, do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente
Entre os dias 18 e 22 de maio, a Associação Brasileira de Tecnologia de Sementes (ABRATES) realizou o IV Curso de Fisiologia de Sementes, em Londrina, PR, um curso teórico direcionado aos representantes da indústria produtora de sementes, de laboratórios, cooperativas, empresas de armazenamento e logística, estudantes e pesquisadores.
O curso teve mais de 90 participantes de diversas regiões do Brasil e de outros países da América do Sul. Neste curso, o Dr Claudio J. Barbedo, pesquisador do Núcleo de Pesquisa em Sementes do Instituto de Botânica, proferiu palestra sobre Sementes Recalcitrantes, divulgando resultados obtidos nas pesquisas desenvolvidas neste Instituto, inclusive as que fizeram parte de Dissertações e Teses do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente.
Uma nova visão conceitual sobre essas sementes, recentemente publicada em artigo de revisão na Hoehnea (“Do recalcitrant seeds really exist?” – http://www.scielo.br/pdf/hoehnea/v40n4/01.pdf), de autoria de C.J. Barbedo, D.C. Centeno (Universidade Federal do ABC) e R.C.L. Figueiredo-Ribeiro (também do Instituto de Botânica), também foi divulgada. O curso propiciou aos participantes um aprofundamento nos processos de formação, desenvolvimento, maturação e deterioração (envelhecimento) da semente, bem como os fatores que os afetam, o que possibilita identificar com maior precisão possíveis problemas, suas causas e a tomada de decisões para solucioná-los.
Os principais processos que causam a dormência das sementes, bem como os métodos de sua superação, também foram abordados. A palestra Sementes Recalcitrantes, em particular, abordou a dificuldade em se conservar germoplasma de espécies com tais sementes e de incluí-las em programas de restauração vegetal. Foram apresentados os caminhos científicos adotados para solucionar essa dificuldade e os principais resultados obtidos até o momento, assim como os potenciais desenvolvimentos tecnológicos esperados no futuro.
O curso teve como base a nova edição do livro “Fisiologia de Sementes de Plantas Cultivadas” de autoria do Prof. Dr. Júlio Marcos Filho, da ESALQ/USP, uma das principais referências em cursos de graduação e pós-graduação nas áreas de Agronomia, Engenharia Florestal e Biologia, entre outras, no qual também foram incluídos diversos resultados da pesquisa desenvolvida no Instituto de Botânica.
Fonte: Instituto Botânica